Assistência e modernidade nos boletins da Legião Brasileira de Assistência (1945-1964)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Bruno Sanches Mariante da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/154528
Resumo: O presente trabalho, alinhando-se aos estudos de História da Assistência Social no Brasil, visa analisar as relações tecidas entre a Legião Brasileira de Assistência (LBA) e os discursos acerca da modernidade que ganhavam franco espaço no Brasil no período de 1945 – 1964. O país experimentava um interim democrático e fortes representações acerca da modernização do país e dos costumes. A LBA foi fundada em 28 de agosto de 1942 no contexto de recrutamento de homens para comporem a Força Expedicionária Brasileira que lutaria na Europa durante a Segunda Guerra, trazendo, portanto, como principal função o amparo às famílias dos soldados que estavam em combate em território europeu. Após a guerra, a LBA (só seria extinta em 1995) passou a dedicar-se unicamente à assistência à infância e à maternidade. Criada pela primeira-dama Darcy Vargas, foi tradicionalmente presidida pelas primeiras-damas brasileiras, acionando o importante argumento do protagonismo feminino nas ações de assistência social, bem como relevantes questões de gênero, que também são examinadas no trabalho. A análise a respeito das ações da LBA pauta-se fundamentalmente no escrutínio de edições do Boletim da Legião Brasileira de Assistência, sua publicação oficial fundada em 1945 e encarregada de divulgar preceitos de puericultura, pediatria e cuidados em geral, além das campanhas e ações da entidade. Desse modo, a problemática central na presente tese é acerca das maneiras como a maior instituição de assistência no período relacionou-se com os discursos de modernidade, isto é, tanto num olhar sobre si mesma e sobre suas ações e objetivos, quanto numa atenção “moderna” destinada ao público alvo de suas campanhas, às classes populares. Desse modo, a maternidade e a infância foram forçosamente adjetivadas de modernas e passaram a receber uma atenção significativa para que assimilassem certos padrões chamados modernos e de orientação burguesa.