Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Frigo, Maura Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193092
|
Resumo: |
O presente estudo trata da análise das obras White Noise (1985) e Zero K (2016), ambas do escritor norte-americano, Don DeLillo. Esses romances apresentam as mazelas e os desafios enfrentados pelo sujeito no período pós-moderno. São textos propagadores de ideias e conflitos de uma sociedade que tem a tecnologia presente, interligando as várias facetas do consumo desenfreado, com regras ditadas pelo capitalismo. A época é marcada pelo uso da Tecnologia da Informação a serviço de uma sociedade vigiada por câmeras que registram imagens e ruídos, muitas vezes distorcidos daqueles tidos como ideais e denotam a evolução do ser humano permeada por catástrofes anunciadas, frutos do descaso do próprio homem. Muitos dispositivos e experimentações tecnológicas produzem bem-estar, trazem conforto ao sujeito, mas também alimentam o terror e não resolvem as inquietações humanas. O medo da morte está presente no cotidiano das personagens das duas obras e elas são postas em confronto com sua finitude. Há um alerta para a preservação do planeta e para os desvarios dos indivíduos cujo ápice residiria no desejo de aquisição da imortalidade e submissão aos procedimentos demandados pela criogenia. Assim, é possível verificar que o sujeito pós-moderno se diferencia do sujeito do Iluminismo em termos identitários, isto é, a identidade fixa e estável foi descentrada, resultando em identidades abertas, contraditórias, inacabadas e fragmentadas. Essas cenas do mundo pós-moderno, retratadas por Don DeLillo em seu projeto literário, estão presentes em textos de teóricos como Jameson (1993), Baudrillard (1988, 1997), Eagleton (1998), Hall (2015), Bauman (1998, 2001, 2004, 2005), Lypovetsky (2004, 2005), Haraway (2010) e Harari (2016, 2017, 2018), entre outros. A análise parte do Quadrado Semiótico desenvolvido pelo teórico A. J. Greimas (1989), que oferece a ferramenta para destacar os eixos de vida e morte, não-vida e não-morte; contextualizando as buscas do sujeito pós-moderno. A tese reforça, portanto, a discussão acerca da maneira como a literatura permite representar, reler e reavaliar as formas de identidade do sujeito nas diferentes comunidades formadas ao longo da história da era pós-moderna. |