Apoio de entidades às comunidades quilombolas: análise sobre o Circuito Quilombola de Turismo Comunitário do Vale do Ribeira (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pires, João Henrique Souza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204611
Resumo: A pesquisa teve como objetivo analisar a relação estabelecida entre Entidades de Apoio (EA) que realizam trabalhos ligados à capacitação, formação, assessoria, assistência técnica e extensão com o propósito de organização do turismo e às Comunidades Remanescentes de Quilombos do Vale do Ribeira (CRQVR). Compreende-se que a relação entre as comunidades quilombolas que suportam o Circuito Quilombola de Turismo Comunitário do Vale do Ribeira (CQTVR) e algumas entidades que desenvolvem suas ações pautadas por princípios de horizontalidade, de dialogo e de problematização representam um foco de crítica e resistência à lógica mercantil que é bastante característico do desenvolvimento do turismo convencional, bem como da apropriação e da organização do turismo, articulando resistência e sobrevivência para conformar uma proposta diferenciada e contra-hegemônica. Os procedimentos adotados foram a pesquisa bibliográfica, documental e empírica com leitura, análise e interpretação de textos relacionados aos temas abordados neste trabalho e a realização de entrevistas e de observações. Conclui-se que as ações de algumas entidades que realizam um trabalho de formação crítica que suportam o turismo no CQTVR representam um foco de resistência à lógica mercantil inerente ao desenvolvimento do turismo e apresentam formas específicas de atividade formativa, bem como da apropriação e organização do turismo comunitário enquanto “alternativa produtiva”. Considerando as assimetrias entre comunidades autóctones e agentes externos, produz um progressivo processo de reavaliação de recursos e uma nova configuração que altera as relações de poder e o grau de autonomia das CRQVR.