Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pignataro, Rossana Reim Del Gaudio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192001
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Resumo: |
Os implantes dentários osseointegrados apresentam altas taxas de sucesso no tratamento reabilitador a longo prazo. No entanto, complicações biológicas estão relacionadas com a ocorrência de peri-implantite, perda óssea marginal e insucessos clínicos. A busca de uma condição que diminua a colonização microbiana e estabelecimento de biofilmes tem crescido. O tratamento com nanoprata tem sido amplamente estudado como agente antimicrobiano por apresentar seu largo espectro de ação contra bactérias Gram positivas, Gram negativas e fungos. O presente estudo teve por objetivo avaliar, in vitro, a ação antimicrobiana de nanopartículas de prata coloidal, sobre Enterococcus faecalis e a ocorrência de infiltração bacteriana na interface dos implantes de plataforma hexágono externo (HE) e pilares protéticos. Foi determinada a concentração inibitória mínima da solução de nanoprata coloidal. A citotoxicidade foi avaliada sobre células Vero (ECACC 84113001) pela técnica de MTT. A infiltração bacteriana na interface implante/pilar (TiBase®, Conexão Sistemas de Prótese), foi avaliada utilizando 40 conjuntos de implantes e pilares HE (n=10) divididos em 4 grupos de acordo com o tratamento: (1) prata coloidal 29 ppm; (2) prata coloidal 58 ppm; (3) controle negativo (sem tratamento) e (4) controle positivo (digluconato de clorexidina 2%). Inicialmente, da suspensão padronizada 1x106 células/mL de Enterococcus faecalis foi inoculada no interior dos implantes, e, a seguir, os respectivos pilares (TiBase®, Conexão Sistemas de Prótese) foram instalados com torque de 30N de acordo com o fabricante. Os conjuntos foram testados para contaminação externa imediata, suspensos em tubos de ensaio contendo 3 mL de meio de cultura BHI (Brain Heart Infusion), incubados por 24h a 37ᵒC em estufa de CO2. A turvação do caldo indicou infiltração bacteriana. A seguir, os corpos de prova foram incubados em aerobiose a 37ᵒC, por 120 horas. Após incubação, os pilares foram desparafusados e o conteúdo interno dos implantes foi coletado com auxílio de cone de papel estéril e semeado em ágar para a determinação do número de células viáveis. Os dados de log10 UFC/mL dos grupos foram comparados estatisticamente com auxílio do programa GraphPad Prism versão 6.0 (GraphPad Software Inc., San Diego, CA, USA). Para tanto, foi realizado um teste de normalidade, e, a seguir, foram aplicados os testes estatísticos Kruskal-Wallis e Dunn’s post hoc com nível de significância de 5%. Resultados: Nenhum corpo de prova apresentou contaminação externa imediata. O número de células viáveis foi significativamente menor no grupo tratado com a nanoprata coloidal a 58 ppm em relação ao grupo controle negativo. O grupo tratado com digluconato de clorexidina a 2% obteve a contagem significativamente menor em relação aos demais grupos testados. A nanoprata coloidal 58 ppm foi severamente citotóxica. Conclui-se que a nanoprata coloidal na concentração de 58 ppm apresentou atividade antimicrobiana sobre o Enterococcus faecalis, porém com elevada citotoxicidade para células eucarióticas. |