Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Faria, Raisa Crepaldi de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/238970
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Resumo: |
A uva BRS Isis é uma cultivar tinta apirênica (sem sementes) brasileira que foi desenvolvida para consumo in natura, e já está disponibilizada para consumo em algumas regiões do país. Para estender a sua vida útil e ampliar sua comercialização pelo país, este estudo objetivou: a) avaliar as características físicas e químicas de uvas BRS Isis provenientes de três ciclos produtivos (CPs), entre os anos de 2018 e 2019; (b) desenvolver revestimentos comestíveis biodegradáveis, a base de pectina e carboximetilcelulose (CMC) e enriquecidas com emulsões obtidas a partir de óleo de semente de uva e óleo de semente de abobora; c) avaliar o efeito da adição destes revestimentos desenvolvidos sobre a vida útil das uvas BRS Isis por meio de análises físicas e químicas (perda de massa, dureza, potencial hidrogeniônico (pH), sólidos solúveis (SS), acidez total (AT), índice de maturação (ratio SS/AT), compostos fenólicos totais (CFT) e antocianinas totais (ANT)), imediatamente após a aplicação dos revestimentos e ao longo do armazenamento (20 dias) sob refrigeração (± 7 ºC); d) preparar filmes com as mesmas formulações utilizadas para produção dos revestimentos aplicados nas uvas, com a finalidade de avaliar melhor suas propriedades tecno-funcionais (permeabilidade ao vapor de água (PVA), parâmetros de cor e, microscopia eletrônica de varredura (MEV)). A partir da caracterização física e química das uvas BRS Isis proveniente dos três CPs (1, 2 e 3), foi possível concluir que esta cultivar tem um grande potencial para comercialização, apresentando em sua maioria bagas de formato elipsoide alongada, com massa (3,97 a 5,78 g) e tamanho (comprimento de 21,17 a 25,92 mm e diâmetro de 15,52 a 17,40 mm) de baga dentro dos padrões exigidos para mercado de uva de mesa. As bagas também possuem elevada umidade e alto percentual de polpa (88,66% a 90,90%) em relação a casca (11,56% a 9,18%). Independente das variações na coloração das bagas e nos valores de SS e AT, os valores de ratio ficaram acima de 20, o que auxilia no dulçor da uva e, por conseguinte, em cia aceitação. Já os cachos apresentaram-se predominantemente no formato cilíndrico alado ou cilíndrico, contendo massa entre 210 e 330 g. Pelos resultados obtidos pode-se observar que esta cultivar pode apresentar elevada concentração de compostos bioativos, chegando a obter 944,60 mg EAG/kg de uva para CFT e 519,13 mg malvidina 3,5-glicosídeo.kg de uva para ANT. Os cachos de uva foram submetidos a cinco tratamentos, sendo: Controle (sem adição de revestimento); PEC (pectina); PECM (pectina e CMC); PECMO (pectina, CMC, emulsão de óleo de semente de uva e óleo de semente de abóbora) e PECO (pectina, emulsão de óleo de semente de uva e óleo de semente de abóbora). A partir da perda de massa foi possível observar que os revestimentos estudados estenderam a vida útil das uvas em 5 dias em relação ao controle. Os valores de firmeza tiveram uma ligeira queda durante o período de estocagem, onde o tratamento PEC o mais efetivo em conservar a firmeza das bagas. Sobre os valores de SS, pH e AT das uvas não foi possível observar uma tendência de variações entre os tratamentos, sendo associado a variabilidade natural das uvas. Sobre o teor de CFT e ANT observou-se um ligeiro aumento durante os dias de armazenamento. Quanto aos filmes, a cor apresentou-se clara tendendo mais para o amarelo. As imagens do MEV mostraram que as emulsões causaram modificação na microestrutura do filme, fazendo com que a PVA dos filmes adicionados de óleos ficasse maior em relação aos filmes sem os óleos. Com base nos resultados, pode-se concluir que os revestimentos feitos apenas com polímeros estenderam a vida útil das uvas. Além disso, embora estes revestimentos tenham uma vantagem maior em relação as adicionadas de emulsões, outros estudos devem ser feitos com novas variações dos parâmetros utilizados e possivelmente testados em outras frutas. |