Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo, Amanda de Menezes [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136446
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Resumo: |
A remodelação cardíaca tem papel importante na disfunção ventricular pósinfarto. Alguns mecanismos como estresse oxidativo, metabolismo energético e processo inflamatório modulam este processo. Neste contexto, há interesse em utilizar alimentos naturais, com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, destacando-se o açaí (Euterpe oleracea Mart). Objetivo: Avaliar a influência da suplementação de açaí na ração sobre a remodelação cardíaca após o infarto do miocárdio (IM) em ratos. Métodos: Ratos Wistar machos, com peso entre 200-250g, foram submetidos ao infarto experimental ou à cirurgia simulada (Sham) e alocados em seis grupos após estudo ecocardiográfico, para verificar o tamanho do infarto: 1) grupo Sham alimentado com ração padrão (SA0, n=14); 2) grupo Sham alimentado com ração padrão suplementada com 2% de polpa de açaí pasteurizado (SA2, n=13); 3) grupo Sham alimentado com ração padrão suplementada com 5% de polpa de açaí pasteurizado (SA5, n=14); 4) grupo infartado alimentado com ração padrão (IA0, n=12); 5) grupo infartado, alimentado com ração padrão suplementada com 2% de polpa de açaí pasteurizado (IA2, n=12); 6) grupo infartado, alimentado com ração padrão suplementada com 5% de polpa de açaí pasteurizado (IA5, n=12). Os animais foram suplementados por três meses e foi observada a mortalidade. Após esse período, os animais foram submetidos à segunda avaliação ecocardiográfica e posteriormente à eutanásia e coleta de material biológico para realização das demais avaliações. Os dados foram apresentados como média ± erro padrão. As comparações foram feitas por teste ANOVA de duas vias, com nível de significância adotado de 5%. Resultados: infarto induziu alterações cardíacas morfológicas e funcionais (sistólicas e diastólicas), com hipertrofia do ventrículo, maior concentração de hidroperóxido de lipídeo e malondialdeído, maior atividade de superóxido dismutase, menor atividade da glutationa peroxidase e menor expressão de fator nuclear eritróide 2, menor atividade do complexo piruvato desidrogenase, de citrato sintase, do Complexo I e II da cadeia respiratória, da ATP sintase e de beta-hodroxiacil Coenzima A desidrogenase, maior atividade do lactato desidrogenase, maior concentração de interleucina-10, menor concentração de interferon gama, maior concentração de inibidor tecidual de metaloproteinase e maior expressão de colágeno I. Os animais infartados que receberam suplementação de polpa de açaí apresentaram menor concentração do malondialdeído e menor atividade de superóxido dismutase, maior atividade do complexo piruvato desidrogenase, de citrato sintase, do Complexo I da cadeia respiratória, de betahidroxiacil Coenzima A desidrogenase, menor atividade de ATP sintase, do lactato desidrogenase, menor concentração de interleucina-10 e de inibidor tecidual de metaloproteinase. Conclusão: A suplementação de polpa de açaí nos animais infartados atenuou o estresse oxidativo, melhorou o metabolismo energético e modulou o processo inflamatório no coração. A influência da suplementação de açaí foi dose dependente. |