Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Bruna Letícia Buzati [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180826
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Resumo: |
O infarto do miocárdio (IM) é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Logo, a intervenção dietética sobre remodelação cardíaca após o IM tem relevância clínica significativa. O cajá (Spondias mombin L.) é fruto natural com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, mas seu efeito na estrutura e na função ventricular após o IM é desconhecido. Para determinar o efeito do consumo de cajá na remodelação cardíaca após o IM, ratos Wistar foram alocados em quatro grupos após cirurgia simulada (Sham) ou cirurgia de infarto experimental: 1) grupo Sham alimentado com dieta padrão (n=20); 2) grupo infartado alimentado com dieta padrão (n=24); 3) grupo infartado alimentado com dieta suplementada com 100mg de cajá/kg de peso/dia (n=23), 4) grupo infartado alimentado com dieta suplementada com 250mg de cajá/kg de peso/dia (n=22). Após 3 meses de tratamento foi realizado o estudo ecocardiográfico, o estudo do coração isolado e a eutanásia. Foram avaliadas amostras ventriculares esquerdas para: fibrose, hipertrofia, estresse oxidativo, dano do DNA e atividade inflamatória. Para análise estatística foi realizado o teste de análise de variância de 1 via (ANOVA) com pós-teste de Holm-Sidak e os valores obtidos foram apresentados em média ± desvio padrão ou o teste de Kruskal-Wallis com pós-teste de Dunn e os valores obtidos foram apresentados em mediana e intervalo interquartil. O IM induziu alterações estruturais e funcionais no ventrículo esquerdo com piora da função sistólica e diastólica e a suplementação de cajá nas diferentes doses não influenciou essas variáveis analisadas pelo ecocardiograma e pelo estudo do coração isolado (p>0,05). Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos na análise do dano do DNA avaliado pela técnica do cometa (p>0,05). A suplementação de cajá atenuou a remodelação cardíaca após o IM diminuindo fibrose (p=0,047) e a hipertrofia (p=0,006), sendo que neste caso, a redução no grupo suplementado com a maior dose de cajá foi mais eficiente. A suplementação de cajá melhorou o estresse oxidativo por reduzir a formação de hidroperóxido de lipídio (p=0,032) e aumentar a atividade das enzimas antioxidantes catalase (p=0,017) e glutationa peroxidase (p<0,001), sendo que para esta, a suplementação na maior dose foi mais eficiente. A suplementação de cajá na maior dose também aumentou a atividade da enzima superóxido dismutase (p=0,003). A suplementação de cajá nas duas doses melhorou o processo inflamatório atenuando a ativação da via inflamatória por menor expressão do IkB-β (proteína inibidora kB) (p=0,034), menor fosforilação do fator nuclear kappa B (NFkB), demonstrada pela relação NFkB total/NFkB fosforilado (p=0,029), por meio da redução na expressão do fator de necrose tumoral alfa (TNF-) (p=0,001) e do interferon gama (IFN-) (p=0,006). O grupo infartado suplementado com maior dose de cajá também apresentou maior expressão da citocina anti-inflamatória Il-10, semelhante ao que ocorreu no grupo infartado que recebeu ração controle (p=0,004). Concluímos que a suplementação de cajá atenua a remodelação cardíaca após o IM e que a suplementação de cajá na maior dose parece ser mais efetiva. |