Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Dias, Roque de Carvalho [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/238509
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Resumo: |
A mucuna-preta é uma planta leguminosa, usada como planta de cobertura do solo, capaz de produzir vários compostos naturais ativos, incluindo o aminoácido não proteico L-3,4-dihidroxifenilalanina (L-DOPA) que possui efeito alelopático. No entanto, a constatação do efeito alelopático de uma planta necessita de ampla abordagem que envolve diferentes metodologias. Assim, deve-se considerar os diferentes métodos de extração e aplicação, organismos-alvo, uso do aleloquímico e/ou do material vegetal, concentração, avaliações, condição experimental, entre outros. Dessa forma, este trabalho teve os seguintes objetivos, avaliar: i) alelopatia das diferentes partes da planta da mucuna-preta por meio de bioensaios; ii) alelopatia da mucuna-preta em mudas pré-brotadas (MPB) de cana-de-açúcar; e, iii) o efeito da aplicação de L-DOPA nas trocas gasosas e atividade enzimática em plantas de capim-braquiária. Portanto, para cada objetivo foi conduzido um estudo. Todos os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizados e com pelo menos quatro repetições. No primeiro, o potencial alelopático de diferentes partes da mucuna-preta (folhas, caules e raízes) foi estudado pelo método do extrato aquoso e sanduíche utilizando-se a alface como planta indicadora. No segundo estudo, as MPB de cana-de-açúcar foram transplantadas em solo previamente cultivado com diferentes densidades de mucuna-preta (0, 2, 4 e 8 plantas por vaso com capacidade de 11 dm3), sendo o comprimento de raiz e parte aérea, diâmetro e perfilhamento avaliados periodicamente, assim como as trocas gasosas (21, 42 e 63 dias após o transplantio - DAT) e biomassa seca aos 63 DAT. No terceiro estudo, foi investigado o efeito do L-DOPA aplicado via foliar ou em solução nutritiva em capim-braquiária. Nos experimentos com aplicações foliares, avaliou-se o comprimento de raiz e parte aérea, biomassa e trocas gasosas, enquanto no experimento com aplicação em solução nutritiva, foi analisado o comprimento de raiz e parte aérea, biomassa e atividade enzimática (superóxido dismutase - SOD, catalase - CAT e peroxidase - POD). A germinação e vigor das plântulas de alface foram reduzidas com o uso da mucuna-preta pelo método do extrato aquoso e sanduíche. Os efeitos foram mais intensos quando utilizado na sequência de folha > raiz > caule da mucuna-preta. As MPB de cana-de-açúcar tiveram suas variáveis relacionadas ao crescimento limitadas quando o solo foi previamente cultivado com 4 e 8 plantas de mucuna-preta por vaso. Além disso, tiveram suas trocas gasosas afetadas negativamente principalmente nos períodos iniciais de avaliação. No terceiro estudo, doses de 16 e 32 mg L-1 de L-DOPA aplicadas via folha, inibiram o crescimento do capim-braquiária e provocaram decréscimos iniciais nas trocas gasosas. A aplicação de L-DOPA via solução nutritiva, inibiu o crescimento das plantas de capim-braquiária e aumentou a atividade das enzimas SOD e POD com destaque para as raízes. Tanto a mucuna-preta como o L-DOPA apresentaram alelopatia negativa, sendo os efeitos influenciados pela metodologia utilizada, concentração, planta receptora, modo de aplicação e tempo de exposição. |