Atividade alelopática, antioxidante e antimicrobiana de plantas com uso popular antimalárico
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Pato Branco |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agronomia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/675 |
Resumo: | O objetivo desse trabalho foi analisar a influência de diferentes concentrações dos extratos brutos etanólicos (EET) e diclorometânicos (EDC) das espécies medicinais antimaláricas Bidens pilosa L. (picão-preto), Phyllanthus niruri L. (quebra-pedra), Petiveria alliacea L. (guiné) e Senna hirsuta L. (fedegoso), sobre a germinabilidade (GER), tempo médio de germinação (TMG), velocidade média de germinação (VMG), comprimento de radícula (RAD) e comprimento de hipocótilo (HIP) de Lactuca sativa L. (alface) e Ipomoea grandifolia (Dammer) O´Donel (corda-de-viola). O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, distribuído em um trifatorial (espécie antimalárica vs. extrator vs. concentração). Os bioensaios foram realizados com quatro repetições de 25 sementes, para os testes germinativos, e 10 sementes pré-germinadas, para os bioensaios de crescimento. As sementes germinadas foram contadas diariamente, para a obtenção do TMG e VMG, enquanto a GER, RAD e HIP foram mensurados após 144 horas da aplicação dos extratos. Paralelamente ao estudo de atividade alelopática, objetivou-se também analisar a atividade antioxidante e antimicrobiana dos EET e EDC das quatro espécies antimaláricas utilizadas nos bioensaios, assim como, da espécie Quassia amara L. (quássiaamarga). As análises antioxidantes foram realizadas através de três metodologias distintas, sendo elas: sequestro do radical ABTS•+ e sequestro do radical DPPH•, ambas realizadas com os EET e EDC, e poder antioxidante de redução do Ferro (FRAP), realizada apenas com os EET, assim como o teor de compostos fenólicos totais (TCF). Os EET foram comparados aos antioxidantes comerciais BHT (butil hidroxitolueno), BHA (butil hidroxianisol) e α-tocoferol. Os resultados dos bioensaios dos extratos brutos das plantas antimaláricas, e suas respectivas concentrações, demonstraram efeitos inibitórios, e em alguns casos estimulatórios, de magnitudes diferentes sobre os processos de germinação e/ou crescimento das espécies alvo. O aumento das concentrações dos EET e EDC de P. alliacea e do EET de S. hirsuta, não afetaram o TMG, VMG e GER de corda-de-viola, sendo que o EDC de P. alliacea também não influenciou sobre RAD e HIP da mesma, enquanto o EET de B. Pilosa apresentou ótimos resultados de inibição do RAD e HIP de alface e GER, TMG, VMG, RAD e HIP de corda-de-viola. Em todas as metodologias de atividade antioxidante analisadas, o EET de Q. amara demonstrou-se como o tratamento mais eficaz, seguido do EET de P. niruri, sendo estes, analisados em Cromatografia Líquida de Alta Eficiência de Fase-Reversa (CLAE-FR), evidenciando a presença de rutina, miricetina, quercetina e ácido gálico para ambas as espécies, sendo estes compostos, reconhecidos por suas propriedades antioxidantes. As análises antimicrobianas foram realizadas através da Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos extratos das plantas, com concentrações entre 5,0 e 0,88 mg mL-1, em microplacas de 96 poços inoculadas com Baccilus cereus ATCC 11.778. Os EET de Q. amara, P. niruri e S. hirsuta e o EDC de B. pilosa apresentaram concentração inibitória mínima (MIC) = ≤0,088 mg mL-1. Dessa forma, os dados apresentados nesse estudo indicam, em especial, um potencial uso do EET de B. pilosa e do EET de Q. amara como fontes de moléculas com atividade herbicida, antioxidantes e antimicrobianas, sendo estes extratos, importantes fontes para a busca de moléculas que possam ser utilizadas como protótipos para o desenvolvimento de novos produtos nas indústrias de agroquímicos, alimentícia e /ou farmacêutica, requerendo estudos futuros quanto a extração, purificação, isolamento e identificação dos compostos bioativos e seus respectivos mecanismos de ação. |