Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Everaldo Antônio Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10172
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Resumo: |
A busca de novas alternativas visando o controle de fitonematóides em substituição aos nematicidas convencionais é, hoje, uma preocupação mundial. A utilização de extratos botânicos e a incorporação de plantas ou parte delas têm sido estudadas por pesquisadores em todo o mundo como uma destas alternativas. Diversas espécies do gênero Mucuna têm sido bastante utilizadas no Brasil, seja em programas de adubação verde, seja na redução da população de nematóides em áreas cultivadas. Além disso, algumas substâncias isoladas de mucuna preta (Mucuna pruriens var. utilis) apresentaram atividade nematicida contra M. incognita e Heterodera glycines. Desta forma, objetivou-se neste trabalho verificar a eficácia de extratos aquosos de folhas e de sementes de mucuna preta, aplicados via pulverização foliar, tratamento de sementes ou diretamente ao solo, e também o efeito da incorporação de diferentes quantidades do material vegetal seco da leguminosa sobre a população de M. javanica e M. incognita, em raízes de tomateiro. Na primeira parte do trabalho, os extratos vegetais foram preparados através da mistura das folhas secas ou das sementes de mucuna com água destilada, na proporção 1:10 (m:v), procedendo-se à trituração do material após 24 horas da mistura. Finalmente, os extratos foram filtrados em papel Whatman N 0 1 e utilizados logo em seguida. Nos três ensaios, as avaliações foram realizadas 60 dias após a infestação do solo e transplantio das mudas de tomateiro, quando se mensuraram as seguintes variáveis: altura e peso da parte aérea das plantas e o número de galhas e de ovos presentes no sistema radicular das plantas. No primeiro ensaio, extratos de folhas e de sementes de mucuna, de folhas de manjericão (Ocimum basilicum L.) e água foram pulverizados em plantas de tomate aos 0, 7 e 14 dias após a infestação do solo com ovos de M. incognita e M. javanica. No segundo ensaio, sementes de tomateiro foram tratadas com água ou com os extratos de folhas ou de sementes de mucuna e as mudas originadas destas sementes foram transplantadas em solo infestado com M. incognita e M. javanica. No terceiro ensaio, os extratos de mucuna foram adicionados ao solo aos 0, 7 e 14 dias da infestação deste com ovos das duas espécies de nematóides. A pulverização dos três extratos reduziu o número de galhas de M. incognita em raízes de tomateiro, em relação à testemunha, mas o tratamento de sementes com os extratos não afetou significativamente a altura e massa da parte aérea das plantas, assim como o número de ovos e galhas de M. incognita ou M. javanica. Apenas o número de ovos de M. javanica foi reduzido pela adição dos extratos de sementes de mucuna ao solo. A parte aérea seca e picada de mucuna preta ou de tomateiro (0, 2, 4, 6 e 8 g por vaso) foi adicionada a vasos de argila de 0,6 litro de capacidade, infestados com 2000 ovos de M. incognita ou M. javanica, visando estudar o efeito da matéria orgânica de uma planta antagonista e de uma boa hospedeira no controle desses nematóides. Sessenta dias após a infestação do solo, foi realizada a avaliação da altura e peso da parte aérea das plantas, além do número de galhas e de ovos presentes no sistema radicular destas plantas. A incorporação ao solo da parte aérea de mucuna preta ou tomate, independente da quantidade utilizada, não afetou a altura e o peso da parte aérea das plantas inoculadas com M. incognita e M. javanica. A adição de matéria orgânica de mucuna preta ao solo, a partir de 2 g/vaso, reduziu o número de galhas das duas espécies de nematóides, sendo que nas parcelas infestadas com M. incognita, as duas maiores doses promoveram maior efeito. A incorporação do material vegetal seco de mucuna, nas doses de 6 e 8 g/vaso, influenciou negativamente a reprodução de ambas as espécies de nematóides. Não foi observado nenhum efeito significativo na redução do número de galhas e de ovos de M. incognita e M. javanica nas parcelas nas quais foram adicionados os materiais vegetais de tomateiro. Esse trabalho confirma que a utilização de extratos e/ou matéria orgânica de mucuna preta e outras plantas pode ser muito útil no manejo de nematóides. |