Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Sato, Kenny Umino [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182196
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Resumo: |
O cancro cítrico é uma doença que afeta todas as variedades economicamente importantes de citros cultivadas ao redor do mundo. Atualmente representa uma ameaça aos maiores produtores mundiais de laranjas doce e de suco concentrado: o estado de São Paulo, Brasil, e estado da Flórida, EUA. O agente etiológico mais importante do cancro é a bactéria Gram-negativa Xanthomonas citri subsp. citri (X. citri) patotipo A, cujo genoma tem sido estudado e impulsionado descobertas e avanços na compreensão da doença e de seu agente causador. Contudo, mecanismos celulares essenciais são ainda pouco explorados neste micro-organismo. Desta forma, a compreensão de tais mecanismos e de seus efetores pode ser explorado no desenvolvimento de antimicrobianos e de novas estratégias para o combate ao cancro cítrico. Nosso grupo mostrou recentemente que ésteres de ácido gálico são potentes inibidores da divisão cromossômica e celular em X. citri. No presente trabalho, demos continuidade aos estudos com o objetivo de caracterizar processos essenciais à infecção ocasionada por X. citri, como a motilidade. As análises de bioinformática revelaram que a ORF XAC1934 estaria relacionada com motilidade em X. citri, uma vez que há uma grande identidade desta ORF com fleN, um gene regulador da formação flagelar em outros micro-organismos. Os resultados de motilidade e potencial infectivo in planta do mutante deletado desta ORF corroboraram a literatura, apresentando padrões semelhantes a estudos com mutantes de fleN de Pseudomonas aeruginosa e Vibrio cholerae. Apesar disso, não houve localização subcelular da proteína expressa pela ORF estudada, sugerindo a ausência de sua participação na localização flagelar e na formação inadequada do septo divisional como evidenciado no estudo feito em P. aeruginosa. Além disso, dados de produção de biofilme nos relevaram que o produto da ORF estudada não interfere na formação desta matriz em X. citri como ocorre no estudo de outros genes relacionados à motilidade. Desta forma, concluímos que a ORF XAC1934 se trata da homóloga fleN em X. citri, sendo um potencial alvo para futuros antimicrobianos visto que a correta formação flagelar é uma característica essencial para o seu sucesso infectivo. |