Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Oliscovicz, Nathalia Ferraz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-12122014-145230/
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Resumo: |
Os altos índice de sucesso dos implantes dentais e sua indicação crescente apresentam como limitação a contaminação bacteriana com a consequente doença peri-implantar. Os métodos de tratamento ainda não se apresentam claros e seguros, portanto, meios de prevenção que impeçam a formação de biofilme e inibam o crescimento bacteriano devem ser desenvolvidos e aplicados para impedir a falha dos implantes. O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade de um novo antimicrobiano nanoparticulado - o vanadato de prata (AgNO3) em diferentes concentrações (2,5%; 5% e 10%), aplicado sob a forma de filme superficial sobre diferentes substratos sugeridos para dispositivos da Implantodontia. Foram selecionados os materiais poliacetal, teflon e resina acrílica e os veículos glaze e esmalte para a aplicação do nanocomposto. Análises das propriedades físicas rugosidade superficial e dureza Rockwell superficial, assim como imagens obtidas por meio da Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), foram utilizadas para avaliar a resistência e alterações estruturais dos grupos e portanto, a viabilidade de aplicação clínica. A análise pelo método microbiológico do halo de inibição mostrou que as bactérias P. aeruginosa, E. coli, S mutans, E. faecalis e S. aureus tiveram inibição de crescimento; enquanto nas bactérias anaeróbias P. gingivalis e P. intermedia e na levedura C. albicans não foi demonstrada a atividade antibacteriana de AgNO3. O tipo de substrato utilizado e de veículo para a aplicação de AgNO3 não influenciaram nos resultados, com exceção do S. aureus que obteve maior diâmetro do halo de inibição quando aplicado com o glaze em comparação ao esmalte (p<0,05). A proporção do nanocomposto mostrou influência nos resultados, sendo que 10% se mostrou a mais eficaz em todas as bactérias, e de modo geral sem diferença estatística com a proporção de 5% (p<0,05). Apesar de proporções menores algumas vezes não mostrarem atividade antimicrobiana, estas provocaram menor alteração nas propriedades físicas dos materiais, sendo a proporção do AgNO3 proporcional ao aumento da rugosidade e dureza superficial. Os substratos e tipo de filme não influenciaram nos resultados da rugosidade superficial após a aplicação do tratamento superficial (p>0,05), entretanto a aplicação de 10% do nanocomposto causou a alteração superficial mais significativa (7,02 ± 2,99 Ra) (p<0,05). Na dureza superficial não foi encontrada alteração significativa com o aumento da concentração do AgNO3 no poliacetal e na resina acrílica (p>0,05), no entanto no teflon, 10% de AgNO3 não alterou significativamente os valores de resistência. Apesar dos filmes não influenciarem nos resultados, o substrato poliacetal demonstrou maior dureza com diferença estatística com os demais substratos (83,0 ±10,2 HR15Yadaptado) (p<0,05). As imagens obtidas no MEV comprovaram mudanças estruturais superficiais com a presença de mais picos e vales, em comparação a superfícies sem o tratamento antimicrobiano. Como conclusão, apesar de 10% ser a concentração do AgNO3 que atingiu um maior número de espécies, essa concentração deve ser ponderada sobre o seu uso, e avaliada em estudos futuros sobre a sua viabilidade de uso clínico em função das alterações nas propriedades físicas. |