Reconstrução nervosa via neurorrafia associada ao biopolímero heterólogo de fibrina: avaliação da resposta inflamatória e interação neuromuscular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Tibúrcio, Felipe Cantore [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214061
Resumo: As lesões nervosas periféricas (LNPs) afetam, além do nervo, a inervação do músculo e as junções neuromusculares (JNMs) associadas. Ocorrem diversas alterações morfofuncionais e moleculares, além de uma intensa resposta imune, principalmente macrofágica. Métodos alternativos de reparo vêm sendo utilizados a fim de potencializar a regeneração nervosa como o biopolímero heterólogo de fibrina (BHF). O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos do BHF associado à neurorrafia no reparo do nervo isquiático, com ênfase no microambiente da lesão e na interação neuromuscular. Quarenta ratos Wistar (CEUA/IBB/Unesp: 1177/2019) foram distribuídos em 4 grupos (n = 10/grupo). No grupo Controle (C) foi realizada a localização do nervo. No grupo Desnervado (D), neurotmese e remoção de fragmento de 6 mm, inversão dos cotos e fixação na tela subcutânea. No grupo Sutura (S), neurotmese seguida de neurorrafia. No grupo Sutura + BHF (SB), neurotmese seguida de neurorrafia e acrescido o BHF. Os animais foram eutanasiados aos 7 e 30 dias após cirurgia. Os nervos e os músculos sóleos foram coletados para análise semiquantitativa dos macrófagos M2 (CD206+); análise morfológica e morfométrica do nervo, do músculo e das JNMs; quantificação de tecido conjuntivo intramuscular. O grupo SB foi o único que apresentou semelhança ou maior proximidade ao grupo C, em relação ao número de axônios aos 7 dias; e ao número, área e densidade dos vasos sanguíneos, angulação e ângulo de Feret das JNMs, número de núcleos centrais e quantificação de tecido conjuntivo do músculo, aos 30 dias. Também aos 7 dias no grupo SB, houve aumento da área do nervo, número e área dos vasos sanguíneos em relação aos outros grupos. E ainda no grupo SB aos 7 e 30 dias houve aumento da área dos macrófagos M2 em relação a todos os outros grupos. Esses resultados demonstram o potencial do BHF em acelerar a regeneração nervosa, induzir angiogênese e potencializar a resposta imune, além de prevenir degeneração muscular severa, com menor grau de fibrose e auxiliar no retorno das JNMs aos seus padrões morfológicos normais O BHF fornece um microambiente favorável, que melhora a regeneração nervosa, e assim, vantajoso no reparo de nervos periféricos.