Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Leite, Ana Paula Silveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214405
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Resumo: |
As lesões nervosas periféricas podem causar interrupção do impulso nervoso, e mesmo após intervenção cirúrgica é comum que a recuperação funcional não seja completa, nesse sentido é importante investigar a resposta das junções neuromusculares (JNMs), responsáveis pela interação entre o axônio motor e sua musculatura alvo. Na busca por novas terapias que potencializem a regeneração, se destacam os tubos ou conduítes, que podem ser de variados materiais e fornecem um conduto para o crescimento axonal. Combinado a esses tubos o uso de adjuvantes pode ser acrescido, dentre eles destaca-se o biopolímero de fibrina (FB) com possível fator protetor e trófico no ambiente da lesão. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a regeneração das Junções Neuromusculares (JNMs) e proteínas associadas, após lesão nervosa periférica, seguida de técnica de tubulização e uso do FB. Foram utilizados 52 ratos Wistar machos adultos, distribuídos em 4 grupos experimentais: Controle Sham (S), Controle Desnervado (D); Tubulização (PCL) e Tubulização + Biopolímero de Fibrina (FB). No grupo S, foi realizada apenas incisão, localização e debridação do nervo isquiático. Nos Grupos D, PCL e FB foram realizados modelos de lesão completa, com gap de 8 mm nos grupos PCL e FB. Após neurotmese no grupo D, os cotos foram invertidos e fixados a tela subcutânea. Nos grupos PCL e FB, após a lesão, os cotos nervosos foram inseridos e fixados na prótese tubular de policaprolactona (PCL) de 12mm com fio de sutura 10-0. No grupo FB foi adicionado após a fixação dos cotos ao tubo 500μl do FB. Antes da realização dos procedimentos cirúrgicos, e quinzenalmente, foram realizadas análises no Catwalk em todos os animais. Noventa dias após o procedimento cirúrgico, os animais foram pesados, os músculos sóleos e nervos isquiáticos direitos foram coletados, fixados e submetidos as seguintes análises: morfológica e morfométrica dos receptores de acetilcolina (AChRs) através de microscopia confocal de varredura a laser; Análise morfológica e morfométrica do nervo isquiático; Quantificação proteica de células de Schwann, agrina, LRP4, MuSK , rapsina, MMP3, MyoD, Miogenina, MURF1 e Atrogina-1 e dos AChRs: alfa, gama e épsilon. A análise morfológica e morfométrica do nervo isquiático compactua com a reconexão dos cotos nervosos observada nos grupos PCL e FB, onde para a maioria dos parâmetros houve equivalência dos valores entre os grupos, exceto pela área dos axônios do grupo PCL, os quais foram menores que os do grupo S. Na função motora, não houve alteração entre os grupos no que se refere ao índice funcional do fibular, ainda que em outros parâmetros como área da pegada e contato máximo com a plataforma, os grupos experimentais não apresentaram valores similares aos valores do grupo S. Na análise dos AChRs, a morfologia, os valores do índice de compactação, da área dos AChRs e da placa motora do grupo FB foram os únicos similares ao grupo S. Pode-se concluir considerando os resultados obtidos que o uso do FB associado a tubulização promoveu uma estabilização dos AChRs, potencializando a regeneração neuromuscular. |