Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Carina Guidi [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181095
|
Resumo: |
As lesões nervosas periféricas (LNPs) levam a uma perda da conexão entre o axônio e o músculo, ocasionandointerrupção na transmissão do impulso nervoso e alterações nas junções neuromusculares (JNMs). O reparo das LNPs através da neurorrafia é um método amplamente utilizado, porém a recuperação tanto morfológica e funcional é incompleta, sendo um desafio para a clínica médica. Diante disso métodos alternativos como uso de selante de fibrina vêm sendo utilizados para minimizar danos e acelerar a recuperação nervosa e muscular, havendo poucas referências em relação às JNMs. O objetivo deste estudo foi verificar se o uso do selante de fibrina associado a um ponto de sutura atinge ou supera os resultados da sutura convencional após LNP com foco nos receptores de acetilcolina (nAChRs) e proteínas associadas às JNMs no músculo sóleo. Foram utilizados 40 ratos Wistar machos adultos (CEUA: 1173/2016), divididos em 4 grupos: Controle-Sham (CS), Controle-Desnervado (CD), Lesão Sutura (LS) e Lesão Sutura + Selante de Fibrina (LSS). No grupo CS foi realizada incisão, afastamento da musculatura e localização do nervo isquiático direito. No grupo CD foi realizada neurotmese (gap de 6 mm).Nos grupos CD, LS e LSS foi realizadafixação dos cotos na musculaturaapós a neurotmese. Após 7 dias foi realizada reconexão dos cotos com três pontos de sutura no grupo LS e no grupo LSS um ponto de sutura foi associada ao selante de fibrina(CEVAP). Após 60 dias os animais foram eutanasiados, os músculos sóleos removidos e analisados através de microscopia confocal para obter a morfologia e morfometria dos nAChRs(α-bungaratoxina) e a morfologia do terminal nervoso (NF200) e através do Western Blotting para obter a quantificação proteica dos nAChRs (α1, ε e γ), S100, Agrina, MMP-3, MuSK e Rapsina. A análise qualitativa da microscopia confocal no grupo CS mostrou nAChRs com distribuição compatível com a normalidade com braços contínuos e terminais nervosos íntegros, preservados e sem descontinuidade. No grupo CD foi observado achatamento na placa motora, fragmentação dos nAChRs, com distribuição em “ilhas” e terminais nervosos emaranhados. Nos grupos LS e LSS a morfologia mostrou-se intermediária entre os grupos CS e CD, com terminais nervosos mais delgados. Os dados morfométricos foram compatíveis com a morfologia, nos grupos LS e LSS apresentaram valores intermediários entre os grupos CS e CD e houve aumento da área relativa planar dos grupos LS e LSS, evidenciando uma menor fragmentação dos nAChRs. Os valores encontrados na expressão proteica nos grupos LS e LSS foram semelhantes ao CS. Neste estudo foi observado que após reconstrução nervosa, nos grupos LS e LSS houve um retorno dos nAChRs ao estágio maduro, justificado pela expressão proteica da subunidade ε (madura). Valores inversos foram encontrados para a subunidade γ (imatura, desnervada). Desse modo pode-se concluir que houve semelhança entre os grupos com reconstrução nervosaevidenciando a recuperação após reconexão dos cotos nervosos, considerando que houve retorno da estrutura morfológica com menor fragmentação dos nAChRs e retorno das proteínas associadas à JNM ao seu padrão maduro e o selante de fibrina com a redução do número de pontos de sutura mostrou-se promissor com um retorno acentuado da subunidadeγrelacionado ao padrão imaturo-desnervado do receptor. |