Efeito da pandemia de covid-19 na procura por serviços de saúde e no nível de atividade física de pacientes hipertensos atendidos pela Atenção Primária à Saúde
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/254981 https://lattes.cnpq.br/9195802117875362 |
Resumo: | A doença respiratória que impactou o mundo em 2020 chamada Coronavírus (Covid-19) tomou grandes proporções e foi considerada pandemia. Para conter o vírus, adotaram-se medidas que afetaram diretamente a vida da população. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito do isolamento social durante esse período na procura por serviços de saúde e no nível de atividade física habitual de pessoas hipertensas. A amostra foi selecionada de forma randomizada e envolveu pacientes atendidos pela Atenção Primária à Saúde de Presidente Prudente (SP), selecionados igualmente dentre nove unidades de saúde. Prevalência de pacientes com Covid-19, atividade física, comportamento sedentário, presença de doenças crônicas não transmissíveis e características sociodemográficas foram verificadas por meio de questionários. Coletaram-se custos com saúde e pressão arterial mediante prontuários médicos. A amostra foi composta por 278 adultos hipertensos – 73 (26,7%) homens e 204 (73,3%) mulheres –, com mediana de idade de 64,0 (14,0) anos. Sobre mudanças no nível de atividade física, considerando-se o período de isolamento social e pós-isolamento, modificações significativas não foram encontradas (p = 0,182), mas o percentual de participantes considerados sedentários aumentou (p = 0,036). Custos totais e com consultas diminuíram durante o isolamento social e voltaram a se elevar no período pós-isolamento (tempo: p = 0,001). Pacientes que relataram essa prática apresentaram custos superiores para custo total e custos com consultas (grupo: p = 0,001 e tempo grupo: p = 0,001); custos com exames cresceram durante o isolamento e depois reduziram (tempo: p = 0,001), e custos com medicamentos aumentaram ao longo do acompanhamento (tempo: p = 0,001). Quanto ao nível de atividade física, no momento de isolamento social, não foram encontradas modificações nos custos com saúde, apenas aquelas relacionadas ao tempo de acompanhamento, em que custos com consultas e custos totais diminuíram no período de isolamento e depois voltaram a aumentar (p = 0,001), e aqueles vinculados a medicamentos aumentaram em todos os momentos considerados (p = 0,001). Concluiu-se que o nível de atividade física não evidenciou diferenças durante o acompanhamento, já o comportamento sedentário cresceu. Custos totais e custos com consultas diminuíram no isolamento social e voltaram a aumentar, e aqueles que envolvem medicamentos se elevaram durante o acompanhamento. Participantes que realizavam atividade física antes da pandemia apresentaram custos superiores com custos totais e consultas quando comparados aos que não a faziam; não houve diferenças para atividade física realizada no baseline. |