Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Duarte, Evelise Saia Rodolpho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153108
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Resumo: |
Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial que está associado ao aumento da incidência de doenças crônico-degenerativas, como as demências. As demências desafiam não somente os pacientes, mas também seus cuidadores. Em geral, cuidar de idosos é uma responsabilidade que pertence à esfera familiar. Como consequência, familiares cuidadores estão em maior risco de adoecimento mental, resultando em depressão, sobrecarga, sintomas ansiosos e transtorno mental comum. Objetivo: O presente estudo tem por objetivo verificar a prevalência de TMC em familiares cuidadores de pacientes idosos com diagnóstico de demência rotineiramente acompanhados nos ambulatórios de geriatria do Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina de Botucatu, UNESP. Métodos: Neste estudo transversal, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu os instrumentos de avaliação utilizados foram: Self Reporting Questionnaire, Hospital Anxiety and Depression Scale, Zarit Burden Interview, Mini Exame do Estado Mental para cuidadores com 65 anos ou mais, além de questionário para coleta de dados sociodemográficos. A variável de desfecho foi “com transtorno mental comum”, definida como pontuação ≥ 7 no Self Reporting Questionnaire. As variáveis explanatórias foram de natureza sociodemográfica e clínica do cuidador. Resultados: A amostra foi composta por 90 cuidadores; 83 (92,2%) era do sexo feminino, 51 (56,7%) casada, 60 (66,7%) filho (a) e 62 (68,6%) possuíam alguma ocupação além de cuidar do idoso dementado. A média de idade da amostra foi 57,3 (± 11,7), enquanto a média de escolaridade foi de 9,5 (± 4,9) anos. Quanto às características clínicas da amostra, 62,2% dos cuidadores pontuaram para transtorno mental comum, 50% apresentou sintomas de ansiedade, 52,2% apresentou sintomas de depressão e 66,7% apresentou sobrecarga em algum nível. Os cuidadores com transtorno mental comum apresentaram escores maiores na Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e Escala Zarit com associação estatisticamente significante (p<0,01). Não houve diferença estatisticamente significante quando comparados os dois grupos em relação às variáveis sexo, estado civil, trabalho e parentesco. A regressão logística mostrou que cuidadores com sintomas de ansiedade tiveram 15 vezes mais chances de apresentar transtorno mental comum (OR: 15,0; IC 95%: 3,5-71,2) e cuidadores com sintomas de depressão tiveram 8 vezes mais chances de apresentar transtorno mental comum (OR: 8,0; IC 95%: 2,1-31,1). Cuidadores com sobrecarga tiveram 7,2 vezes mais chances de apresentar transtorno mental comum (OR: 7,2; IC 95%: 1,9-27,2). Os cuidadores mais jovens foram 0,93 menos propensos a apresentar transtorno mental comum (OR: 0,93; IC 95%: 0,88-0,99). Conclusão: Os resultados encontrados demonstram que, na população estudada, existe alta prevalência de transtorno mental comum. Constatou-se a associação estatisticamente significante de transtorno mental comum com sobrecarga (moderada, moderada/grave e grave) e com sintomas ansiosos e sintomas depressivos. |