O oral/falado e o letrado/escrito: um olhar para as grafias das vogais pretônicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Reis, Marilia Costa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86572
Resumo: Disserta-se, neste trabalho, a respeito da relação entre as práticas sociais do oral/falado e do letrado/escrito, tomando como ponto de observação as grafias não-convencionais das vogais pretônicas, como “enfância” e “pidido”, em textos escritos de estudantes da quinta série (do Ensino Fundamental de oito anos). Na análise realizada, foram encontradas algumas tendências linguísticas das grafias não-convencionais, bem como algumas pistas, deixadas pelo sujeito, de sua representação da escrita. Tal análise partiu da noção da heterogeneidade da escrita, segundo a qual a escrita é considerada uma prática social, heterogeneamente constituída pelo trânsito do sujeito entre práticas sociais do oral/falado e do letrado/escrito (CORRÊA, 2004). Essa consideração levou-nos, também, a assumir a heterogeneidade da ortografia, que se dá a partir das relações (não-biunívocas) que as letras da escrita alfabética mantêm com os sons da fala. Quanto às grafias não-convencionais, concluímos que são resultado da percepção, por parte dos escreventes, dessas relações que as letras estabelecem com os sons: as grafias não-convencionais por transcrição fonética, como resultado da percepção da relação que o alfabeto mantém com o fonético-fonológico da língua; as grafias por hipercorreção, como resultado da percepção da não-biunivocidade entre letras e sons. No decorrer da análise, observou-se que, tanto as grafias por transcrição fonética quanto as por hipercorreção podem estabelecer relação com o fenômeno de alçamento na fala – que se refere à realização de /e, o/ semelhante à de /i, u/, como em “[i]ngenheiro” e “p[i]dido”. Da análise, conclui-se que as grafias não-convencionais são decorrentes da interpretação, por parte dos escreventes, de [i] e [u] de suas falas de dois modos: i)...