Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Silva, Márcia Eliane da |
Orientador(a): |
Collischonn, Gisela |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/56035
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Resumo: |
Este trabalho ocupa-se da investigação do fenômeno variável da Harmonia Vocálica na fala da comunidade gaúcha de São José do Norte, baseado na metodologia quantitativa nos moldes da teoria variacionsta laboviano (1966). O fenômeno citado é o alçamento (elevação) das vogais médias /e, o/ em pauta pretônica, transformando-as em [i, u] respectivamente quando seguidas de vogal alta em sílaba subsequente. A pesquisa pretende contribuir para descrever as características desse fenômeno no português do Brasil; pois trata-se de uma amostra ainda não analisada no que se refere à Harmonia Vocálica Os dados vêm da amostra coletada por Amaral (2000) com falantes da comunidade rural e urbana daquele municipio, localizado na porção litorânea situada entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, a 8 km do município de Rio Grande e a 51 km de Pelotas. O isolamento a que a região ficou submetida, por razões de dificuldade de acesso, e a dedicacão a atividades tradicionais, tais como a pesca e a plantação de cebola, tornam a região interessante à pesquisa de cunho sociolinguístico e dialetológico. Os condicionadores linguísticos e extralinguísticos considerados na nossa pesquisa têm como referência os estudos de Bisol (1981) e Schwindt (1995, 2002). A amostra constitui-se de 24 informantes do corpus do referido município (Amaral, 2002) que faz atualmente parte do Projeto Variação Linguística do Sul do país (VARSUL). O estudo resultou um corpus de 1.787 dados, sendo 986 dados para /e/ e 801 para /o/. A análise pelo Programa GOLVARB (2001) mostrou que a taxa de aplicação da elevação, para /e/ foi de 41% e de 43% para /o/. A pesquisa viabilizou, no âmbito extralinguístico, constatar que no caso da vogal /o/ houve correlação entre idade do informante e elevação da vogal; contudo, como as demais variáveis sociais não se mostraram significativas, não é possível falar em uma mudança em curso. Do ponto de vista linguístico, os condicionadores principais são, entre outros, a presença de uma vogal alta em sílaba subsequente e a tonicidade da vogal. Necessita-se de uma análise mais acurada, futuramente, de aspectos que podem nos fornecer uma interpretação mais segura desta variável. |