As vogais pretônicas na fala culta do Noroeste Paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Silveira, Ana Amélia Menegasso da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/86603
Resumo: Este trabalho apresenta o comportamento das vogais médias pretônicas no português culto falado na região de São José do Rio Preto, noroeste do estado de São Paulo. Nessa localidade, é comum observarmos, na pauta pretônica, a variação lingüística que envolve as vogais médias [e, o] e as altas [i, u], respectivamente, fato que gera formas alternantes como al[e]gria ~ al[i]gria e n[o]tícia ~ n[u]tícia. Denominado na literatura como Alçamento Vocálico, esse fenômeno fonológico é aqui abordado segundo o modelo teórico-metodológico da Sociolingüística Quantitativa. Assim, os fatores estruturais considerados foram: i) vogal da sílaba tônica, ii) posição da vogal pretônica em relação à sílaba tônica, iii) vogal átona seguinte, iv) consoantes precedentes, v) consoantes seguintes, vi) tipo de sílaba, vii) nasalidade, e viii) grau de atonicidade da vogal pretônica. Quanto aos fatores sociais, observamos a faixa etária do indivíduo do qual foram extraídos os dados. O corpus utilizado compreendeu 2246 contextos de vogal pretônica /e/ e 1590 contextos de vogal pretônica /o/, a partir da observação da fala de 16 informantes do sexo feminino, com nível superior de ensino, inseridos em quatro faixas etárias (16 a 25 anos; 26 a 35 anos; 36 a 55 anos; mais de 55 anos). Para a realização da análise, os dados foram submetidos ao Programa Estatístico VARBRUL e, com base nos resultados gerados pelo programa, interpretamos que a elevação das vogais, no dialeto do noroeste paulista, é resultado, sobretudo, da redução da diferença articulatória da pretônica com relação aos segmentos consonantais adjacentes. Também atribuímos à vogal contígüa à pretônica importante papel na implementação da regra do alçamento, ao acreditarmos que a presença de vogal tônica contígüa, em muitos casos, reforçou a manifestação da regra que eleva o traço de altura das vogais pretônicas.