Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Daniela Cristina Comin [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153531
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Resumo: |
A internacionalização das empresas brasileiras não é um processo recente. Há casos de empresas que iniciaram sua internacionalização entre as décadas de 70 e 80 do século XX. No entanto, a partir da década de 90 este processo se acelera e ganha maior força no início dos anos 2000. Embora a emissão de IDE (investimento direto estrangeiro) do Brasil ainda seja pequena quando comparada a de outros países emergentes e também em relação ao seu PIB (produto interno bruto), dados da UNCTAD (sigla em inglês para Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) revelam que este fluxo apresentou crescimento, principalmente na primeira década dos anos 2000. Apesar das dificuldades em se identificar seu destino final estudos apontam a América do Sul como região preferencial da internacionalização produtiva das empresas brasileiras. A maior internacionalização dessas empresas na América do Sul ocorreu em um momento de retomada das discussões do papel do Estado no desenvolvimento econômico e de eleições de governos, tanto no Brasil quanto em demais países sul-americanos, mais à esquerda do espectro político. No plano nacional, o tema “política industrial” voltou à pauta governamental, ao mesmo tempo em que se manteve uma política econômica que não favorecia investimentos produtivos. No plano regional, o tema da integração passou a incluir “novos temas” para além dos comerciais e econômicos, que eram centrais no chamado “regionalismo aberto” da década de 90. A política externa brasileira, por sua vez, elegeu a região sul-americana como prioridade e incluiu em sua política industrial a integração produtiva com a América Latina e Caribe como um objetivo estratégico. Nesse contexto, ações e instrumentos de apoio à internacionalização de empresas brasileiras, especialmente na América do Sul, puderam ser identificados, por meio de instituições como a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), a APEX-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Assim, embora se considere que a internacionalização seja uma decisão da firma, defende-se a tese de que o governo brasileiro teve influência nos processos de internacionalização de empresas brasileiras por meio de medidas de política industrial e de sua política externa para a América do Sul. A análise abrange os governos de Lula da Silva (2003-2014) e de Dilma Rousseff (2011-2014). O Paradigma Eclético de John Dunning fundamentou a análise em conjunto com outras literaturas da Economia Política Internacional, bem como de política externa brasileira e integração regional. O esforço deste trabalho é o de conjugar variáveis econômicas e políticas para explicar a internacionalização de empresas brasileiras na América do Sul. Como temas adjacentes discutem-se o papel do Estado (e de suas instituições) no desenvolvimento econômico e a importância da integração regional como uma estratégia de desenvolvimento e inserção internacional para países em desenvolvimento como o Brasil. |