O cruzamento de fronteiras entre literatura, cinema e roteiro cinematográfico em "O céu e o fundo do mar", de Fernando Bonassi, e "Miguel e os demônios", de Lourenço Mutarelli

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Marília Corrêa Parecis de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181125
Resumo: Esta dissertação apresenta um estudo acerca das relações entre literatura, cinema e roteiro cinematográfico no romance O céu e o fundo do mar, de Fernando Bonassi, publicado em 1999, e no romance Miguel e os demônios, de Lourenço Mutarelli, publicado em 2009. Nessas obras, identificamos e investigamos como cada uma delas dialoga com o cinema e com o gênero roteiro cinematográfico, por meio da incorporação de recursos da linguagem cinematográfica pelo texto literário. O nosso objetivo não foi o de comparar linguagens diversas, mas o de permanecer no domínio da escrita e investigar como ela corrobora traços de uma visibilidade ligada à tecnologia audiovisual. Assim, discutimos como as relações entre o cinema e a modernidade implicaram em mudanças na experiência e na percepção que resultaram em transformações significativas nas narrativas ficcionais, tais como a incorporação, na literatura moderna e contemporânea, de procedimentos característicos da linguagem do cinema, a partir da definição do que se pode entender, hoje, como a escrita de romances-roteiro. Desse modo, compreendemos que as obras selecionadas do corpus mobilizam de modo sintomático essas relações que o texto literário estabelece com a linguagem do cinema e com o gênero roteiro, ora incorporando experimentalismos linguísticos como possibilidade de diálogo com o mercado, ora problematizando a ideia do cinema na forma do texto e as dificuldades de representação em um universo inundado pelo audiovisual.