Álvaro Lins leitor do romance brasileiro: da recepção crítica ao legado teórico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rodrigues, Marcos Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204458
Resumo: Este trabalho visa a resgatar uma parte significativa da crítica literária de Álvaro Lins (1912-1970). Tendo produzido diversos textos sobre variados assuntos na imprensa da primeira metade do século XX, suas considerações sobre o romance brasileiro no livro Os mortos de sobrecasaca são o corpus principal desta pesquisa. No entanto, o trabalho começa investigando o surgimento do gênero em solo europeu e sua chegada ao Brasil. São também considerados os estudos de Lins sobre o romance europeu, em particular, Eça de Queirós e Marcel Proust. A seguir, traçam-se dois caminhos do romance, o tradicional e social, nos moldes do Realismo e do Naturalismo, permitindo investigar desde a prosa de Aluísio de Azevedo até a produção da primeira metade do século XX, com o romance regionalista e documental dos anos 1930: Amando Fontes, José Lins do Rego e Jorge Amado, entre outros. Por outro lado, tendo o romance moderno com incursões na memória como foco, avaliou a prosa psicológica, iniciando com Machado de Assis e alcança grandes expressões com a introspecção do século seguinte: Graciliano Ramos, Clarice Lispector, Érico Veríssimo, Lúcio Cardoso, Octávio de Faria etc. Neste panorama e estrutura, caminha-se para observar a teoria em sua crítica, a fim de observar seus mecanismos analíticos e interpretativos, bem como os elementos constituintes do romance segundo sua concepção. Seus estudos sobre o gênero, tanto em termos de procedimentos formais quanto temáticos, trazem à tona um inestimável legado teórico de um crítico que, muitas vezes, foi rotulado de “impressionista”. Mesmo colaborando sistematicamente nos jornais e produzindo no "calor da hora", esta tese atesta que Álvaro Lins foi leitor assíduo do romance nacional e universal, e aponta como analisou os principais elementos da composição do romance: personagem, técnica e estilo. Sua crítica e teoria revelam um ávido estudioso da produção nacional que deixou uma bibliografia de valor essencial para a história literária brasileira.