Efeito agudo da estimulação periférica mecânica automatizada combinada ao exercício físico na locomoção em indivíduos com doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Moreno, Vinícius Christianini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250465
Resumo: A doença de Parkinson (DP) é a enfermidade principal para a desordens do movimento. Dentre os sintomas motores da DP a bradicinesia e a rigidez muscular os mais incapacitantes para a locomoção fazendo com que o paciente apresente uma menor velocidade da marcha, redução do comprimento do passo e aumento da cadência (i.e., o que pode levar a episódios de quedas). O tratamento medicamentoso atualmente é o mais indicado para essa população, mas apresenta seus efeitos colaterais (i.e., alucinações e flutuações), dessa forma necessitando de tratamentos complementares, a fim de melhorar locomoção de pacientes DP. Tanto o exercício físico como a estimulação periférica mecânica automatizada (AMPS) apresentam-se como tratamentos complementares efetivos para a locomoção em pacientes com DP. Entretanto, estas estratégias de forma isolada parecem ser pouco eficientes na estabilidade (i.e., largura do passo ou duração do duplo suporte) e em aspectos temporais (i.e., duração do passo) da marcha. Considerando que ambas as estratégias promovem adaptações funcionais no sistema nervoso central é plausível argumentar que a aplicação em conjunto da AMPS e do exercício físico podem promover adaptações mais efetivas em relação a utilização destas estratégias de maneira isolada, provocando benefícios em componentes da locomoção que não são atingidos na aplicação isolada dessas estratégias. Para responder essas perguntas foram realizados dois estudos. Para o estudo 1 foi realizado uma revisão da literatura com metanálise da literatura com o objetivo de realizar uma síntese da literatura sobre os efeitos da AMPS, sobre seus efeitos de maneira aguda na locomoção de pacientes com DP utilizando o o modelo PRISMA. Os resultados revelaram que a AMPS pode não apresentar alterações significativas na marcha de maneira aguda, entrando em discordancia com a literatura vigente. Entretanto ainda necessita de mais investigações a respeito desse tratamento inovador. Para o estudo 2 foi realizado um projeto experimental comparando os efeitos agudos da AMPS associada ao exercício com os efeitos do exercício físico isolado sobre a marcha em pessoas com DP idiopática. Foram recrutados 15 indivíduos com DP que foram submetidos a aplicações de AMPS, AMPS mais exercício e exercício isolado, de maneira aleatória e cruzada. Foi realizada a avaliação da marcha por meio do sistema de aquisição de dados da Vicon Motion System® com 10 câmeras (Bonita System Cameras) com frequência de coleta de 200 Hz. Como resultados, foi observado que apenas o protocolo de exercício físico apresentou melhorias significativas na marcha quando comparados com a AMPS isolada e a combinação dos estímulos. Esses resultados sugerem que a AMPS não parece ser tão eficazes para a marcha, mesmo combinada ao exercício físico. Ainda, os resultados apontam que o exercício físico é uma estratégia eficaz para melhorar a locomoção de pessoas com DP. O não efeito positivo da combinação da AMPS e exercício físico pode ser explicado pela concorrência dos efeitos neurais entre a AMPS e exercício físico. Como método de tratamento clínico o protocolo de exercício físico em esteira, apresenta resultados promissores para a reabilitação de pessoas com DP.