Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Goloni, Camila |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153274
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Resumo: |
O gasto energético diário (GED) de gatos tem sido estudado há algum tempo em gatos de laboratório, com ambiente, alimentação e massa corporal controlados. O metabolismo energético destes animais pode ser dividido em quatro compartimentos: taxa metabólica basal que soma o maior GED destes animais em torno de 60%, a atividade muscular voluntária contribuindo em torno de 30%, seguido do incremento calórico e termogênese adaptativa (10%). Nota-se que a atividade muscular voluntária contribui com porção considerável do GED destes animais, não devendo ser limitada, pois interfere diretamente no gasto energético. Estudos com animais em domicílio, com número representativo de grandes populações, que apresentam rotina de vida normal com protocolo prático e eficaz, de fácil aceitação pelos proprietários para mensurar GE, composição corporal (CC) e fluxo de água (FA) no estilo de vida habitual de gatos é importante para estudos nutricionais mais precisos. Método prático e eficaz para mensuração destes parâmetros, de fácil aplicação em domicílio e que não interfira no estilo de vida e atividade física dos animais é o método da água duplamente marcada que os mensura por meio do enriquecimento e decaimento de deutério (2H) e oxigênio 18 (18O) na água corporal. O objetivo do presente trabalho foi avaliar protocolo prático de tempos de coleta de enriquecimento (2, 4, 6, 7 e 8 horas) e decaimento (2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18 e 20 dias), bem como os fluidos corporais alternativos saliva e urina, em comparação com o fluido padrão sangue para avaliação da concentração dos isótopos em gatos machos e fêmeas. No estudo do protocolo de tempos de coleta, verificou-se que o ponto máximo de enriquecimento foi às 5h (P<0,0001; R2=0,82) e que o decaimento foi linear (R2=0.99; P<0•0001), com resultados semelhantes para estimativa do GED em qualquer dia de coleta(P=0•999). Catorze gatos adultos, sete machos e sete fêmeas, castrados e saudáveis, tiveram sangue, saliva e urina coletados nos tempos basal, 5h, 7, 10 e 14 dias após aplicação de solução isotópica. O enriquecimento de 2H e 18O foi menor na urina (P<0.05), mas semelhante entre sangue e saliva. Já o decaimento não diferiu entre fluidos. Não houve efeito de fluído para as variáveis CC, GED e FA. O GED foi maior nos machos (78kcal/kg0,67/dia) do que nas fêmeas (63kcal/kg0,67/dia), sem diferenças entre sexos na composição corporal percentual. Na estatística Bland e Altman e Correlação de Pearson houve correlação entre o GED estimado com sangue e saliva (viés= 0,4; r=0,86; p<0,001), mas não entre sangue e urina (viés=-4,5; r=0,27; p=0,441). Concluiu-se que o fluido saliva pode ser empregado em substituição ao fluido padrão sangue e, apesar de gatos machos e fêmeas terem apresentado composição corporal semelhantes, machos demonstraram maior gasto energético. |