Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Perroni, Rafael Augusto Forti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/256596
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Resumo: |
Introdução e objetivo: A pandemia de covid-19 exacerbou desigualdades e vulnerabilidades, especialmente entre populações marginalizadas como os povos indígenas. Durante a pandemia de covid-19, essas comunidades enfrentaram um impacto desproporcional, devido a fatores como vulnerabilidade demográfica, acesso precário à saúde e saneamento, e condições socioeconômicas. Este estudo busca mapear as referências de estudos originais que abordaram os impactos da covid-19 na saúde indígena, de modo a apoiar a formulação e implementação e políticas que gerem intervenções positivas e eficazes direcionadas à saúde indígena. Método: Este estudo consistiu em uma revisão de escopo sobre o impacto da pandemia de covid-19 na saúde da população indígena brasileira. A pergunta central foi formulada com base no acrônimo PCC - População, Conceito e Contexto, e os critérios de elegibilidade incluíram diversos desenhos de estudo. Uma busca ampla na literatura foi realizada em várias bases de dados, com processo de seleção em duas fases. Os dados foram extraídos por dois revisores independentes e incluíram informações como autor, tipo de estudo e população indígena estudada. A análise dos dados envolveu uma síntese narrativa e estatística descritiva, quando apropriado. Resultado: Foram identificadas 1199 referências, das quais 84 foram analisadas em texto completo, resultando em 26 estudos incluídos. Os tipos de estudo que utilizaram dados secundários e fizeram análises quantitativas predominaram. Os resultados dos estudos destacaram uma série de preocupações, dentre elas a lacuna de coleta de dados, onde foi apontada a disparidade de incidência de covid-19 136% maior em populações indígenas do que não indígenas e mortalidade 110% maior quando comparadas com a média nacional, destacando a possível quantidade de informações irrecuperavelmente perdidas sobre as vidas indígenas perdidas. Discussão e conclusão: Dos 83 trabalhos analisados integralmente, apenas 31% eram estudos originais, evidenciando uma lacuna na literatura acadêmica sobre o impacto da covid-19 na saúde das populações indígenas brasileiras. A maioria dos estudos incluídos abordou a população indígena da Amazônia, com pouca representação de outras regiões. Mulheres e crianças indígenas foram pouco investigadas, apesar de enfrentarem desafios significativos durante a pandemia. A diminuição da publicação de artigos originais ao longo do tempo sugere uma lacuna crescente no conhecimento sobre essa temática. A revisão destaca a importância da falta de financiamento para pesquisas nessa área e a necessidade de políticas públicas sensíveis à cultura e baseadas em evidências para proteger as comunidades indígenas no Brasil. |