Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bravo, Flora de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/237347
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Resumo: |
Resumo Objetivo: Apesar dos títulos muito elevados de gonadotrofina coriônica humana (hCG), o efeito Hook pode causar um teste de gravidez na urina falso-negativo ou concentrações séricas falsamente baixas. Isso pode levar a um diagnóstico errado ou atraso no diagnóstico de doença trofoblástica gestacional, particularmente mola hidatiforme completa (MHC). Até o momento, não há estudo de série de casos da ocorrência do efeito Hook em função de hCG sérico pré-esvaziamento uterino. O objetivo deste estudo, portanto, foi determinar o valor de corte de hCG sérico relacionado com a ocorrência significativamente aumentada do efeito Hook. Métodos: Esse estudo transversal incluiu 285 mulheres com MHC encaminhadas ao Centro de Doença Trofoblástica de Botucatu da Universidade Estadual Paulista para tratamento inicial (esvaziamento molar) entre 1990 e 2020. Foram utilizados imunoensaio cromatográfico para a detecção qualitativa de gonadotrofina coriônica na urina e imunoensaio de quimioluminescência de micropartículas para determinar hCG quantitativo no soro sanguíneo. O efeito Hook foi considerado presente quando o teste qualitativo de hCG na urina foi negativo e os títulos de hCG no soro foram elevados após a realização de diluições seriadas automáticas e manuais. Resultados: A proporção do efeito Hook em função de hCG sérico pré-esvaziamento em mulheres com MHC foi de 26% (74/285). A razão de prevalência do efeito Hook (RP) foi maior quando hCG > 750.000– 1.000.000 UI/L [58,6%, RP: 1,80 (IC 95% = 1,56 – 2,06, p=0,001)] e > 1.000.000 UI/L [87,2%, RP: 2,39 (2,12 – 2,70, p=0,001)]. A curva ROC construída para indicar a presença do efeito Hook em função de hCG pré-esvaziamento teve boa discriminação para prever a ocorrência do efeito Hook (área sob a curva ROC = 0,94, IC 95% = 0,91 – 0,96, p < 0,05). O ponto de corte ideal de hCG foi de 507.038 UI/L com sensibilidade de 86,5% e especificidade de 82,0%. A acurácia foi de 83,1%, enquanto os valores preditivos positivo e negativo foram de 62,7% e 94,5%, respectivamente. Conclusão: Este estudo confirma que o efeito Hook é mais provável de ocorrer quando hCG sérico > 500.000 UI/L em mulheres com MHC. Quando as mulheres em idade reprodutiva apresentam sinais e sintomas como náuseas/vômitos e/ou sangramento de escape, têm achados ultrassonográficos sugestivos de MHC, mas têm teste de gravidez na urina negativo ou hCG sérico quantitativo positivo baixo, reconhecer o efeito Hook é fundamental para prevenir erros de conduta médica. Quando há suspeita do efeito Hook, a diluição da urina/soro é fundamental para um teste acurado e diagnóstico preciso. |