Avaliação da atividade sérica da gama-glutamiltransferase e da ingestão e concentração sérica das vitaminas E e C em mulheres com mola hidatiforme completa
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/8873 http://dx.doi.org/10.22409/PPGCM.2019.m.11953758754 |
Resumo: | A mola hidatiforme completa (MHC) é uma desordem rara da fertilização e sua etiologia ainda não esta completamente elucidada. Apesar do estresse oxidativo (EO) e fatores nutricionais parecerem estar relacionados com a patogênese dessa doença, a literatura carece de estudos que relacionem o EO, a ingestão de antioxidantes e suas concentrações séricas com a MHC. Portanto, o presente estudo tem como objetivo avaliar o EO (avaliado pelas concentrações séricas de gama-glutamiltransferase - GGT), a ingestão estimada e os níveis séricos de antioxidantes dietéticos (vitaminas C e E) em pacientes com MHC comparando com grupos controle. Trata-se de um estudo observacional transversal conduzido nos dois centros de referência no tratamento de doenças trofoblásticas gestacionais localizados do estado do Rio de Janeiro. A amostragem total do estudo foi composta por 140 mulheres alocadas em quatro grupos: 43 pacientes com MHC (grupo mola), 33 pacientes que sofreram aborto não-molar (grupo aborto), 32 gestantes saudáveis (grupo gestante) e 32 mulheres não gestantes saudáveis (grupo não-gestante). Todas as participantes foram submetidas à coleta de sangue venoso para realização dos exames laboratoriais bioquímicos, avaliação antropométrica e questionário de frequência alimentar semiquantitativo para estimativa da ingestão das vitaminas. Para a análise estatística foi utilizado o programa R, versão 3.3.2. e a probabilidade considerada significante para p<0,05. Não foi observada diferença estatisticamente significativa para as concentrações séricas de GGT entre os grupos (p>0,05). No entanto, foram observadas concentrações elevadas desse marcador, dentro do intervalo de referência, em diversas participantes. Todos os grupos apresentaram suficiência sérica de vitamina E (23,0, 24,1, 23,9 e 23,1 μmol/L nos grupos mola, aborto, gestante e não gestante respectivamente, p=0,675). No entanto, foi observado expressivo número de participantes apresentando ingestão inadequada dessa vitamina em todos os grupos (55,8%, 72,7%, 53,1% e 75%, respectivamente). Por outro lado, todos os grupos apresentaram concentrações séricas de vitamina C compatíveis com deficiência (0,26, 0,33, 0,34 e 0,30 mg/dL para os grupos mola, aborto, gestante e não gestante, respectivamente, p=0,624), apesar do consumo aparentemente adequado dessa vitamina (124,9%, 142,4%, 153,2% e 128,1% respectivamente, p=0,958). Todos os grupos exibiram semelhante exposição ao EO avaliado pelas concentrações séricas de GGT associada à ingestão inadequada de vitaminas antioxidantes e baixas concentrações séricas de vitamina C. A exposição ao EO encontrada na população de estudo, mesmo em mulheres saudáveis pode sugerir uma possível explicação para a alta incidência de MHC relatada em literatura no Brasil |