Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Inês Cristina dos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215322
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Resumo: |
Esta tese pretende investigar três pontos fundamentais para a vitória de Jair Messias Bolsonaro para a Presidência da República em 2018. Para ilustrar tal fato, serão observados os contextos ideológicos e políticos. O recorte histórico que encontramos para melhor demonstrar nossa argumentação é de Junho de 2013 a Outubro de 2018. Estas datas são importantes pois são as que mais tiveram impacto na situação conjuntural brasileira e, fica mais evidente uma escalada, um crescimento dos discursos e manifestações de brasileiros que de conservadores apresentam-se efetivamente como reacionários. Para entender o discurso destes eleitores, faz-se necessário entender a questão de valores do candidato Jair Messias. É fato conhecido que existe desde a candidatura uma ala ideológica que apoia o Presidente e dentre eles, aparece como “guru” a figura de Olavo de Carvalho. Dessa forma, entendemos ser essencial apresentar as ideias do pseudo-filósofo no primeiro capítulo desta tese, além das manifestações que ocorreram entre Junho de 2013 até Abril de 2016. Também nos dedicamos a entender a questão dos valores do segundo grupo identificado como importante para o resultado eleitoral: os “evangélicos”. No entanto, entendemos que colocar a questão nesta “caixinha” é complexa do ponto de vista científico, tendo em vista a diferença entre o discurso dos pseudo-evangélicos (principalmente os ligados a teologia da prosperidade) e a denominação de quais seguidores destas religiões são evangélicos, de fato. Assim como a questão da generalização do termo “voto evangélico”, ocorre com o “voto da classe média”. Para tanto, no terceiro capítulo deste trabalho tentamos entender quem é a “classe média” no Brasil? O trabalho busca, portanto, responder: porque foram identificados os evangélicos, a classe média e a mídia como fatores essenciais para a vitória de Jair Messias Bolsonaro? Sustenta-se que: 1) o avanço de pautas feministas, de movimentos negros, LGBTQI+, entre outras tiveram uma reação de setores da sociedade que rejeitam essas liberdades individuais e que associaram estas pautas a partidos de esquerda, no Brasil. Para tanto, a ala ideológica, pautou os discursos do candidato que já correspondia a esta forma de pensar; 2) a questão das liberdades individuais estava “ferindo” as crenças cristãs e confrontando este estrato da sociedade. Não à toa o slogan de campanha é “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”. 3) Parte das camadas médias assimilaram o discurso de corrupção a partir da Operação Lava Jato e cresceu um movimento antipetista como se a causa de desvio de dinheiro do Estado fosse uma criação do Governo Petista, além da questão de classe que envolve a figura do principal líder do Partido dos Trabalhadores: Luiz Inácio Lula da Silva. |