Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vieira, José Cavalcante Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150736
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Resumo: |
Devido a sua grande concentração de nutrientes, tais como proteínas, vitaminas e minerais, o peixe é considerado um dos alimentos mais saudáveis que se pode encontrar na natureza. No entanto, a ingestão de peixes é considerada a forma predominante de via de exposição do ser humano ao mercúrio (Hg), principalmente para as populações que vivem às margens dos rios, onde o peixe constitui a principal fonte de proteína. Na tentativa de elucidar os mecanismos de toxicidade das espécies mercuriais, o teor desse metal tem sido estudado intensamente pela comunidade científica nas últimas décadas em amostras de solo, sedimentos, humanos e peixes na Amazônia brasileira. Sabe-se que as espécies mercuriais bioacumuladas nos tecidos dos seres vivos ligam-se a metaloproteínas, e quando há uma concentração alta de metal tóxico nos organismos, esses passam a expressar proteínas de defesa, denominadas metalotioneínas (MTs) responsáveis pelo transporte e eliminação de metais tóxicos. Apesar de estudos mostrarem o aumento das metalotioneínas em animais expostos a metais potencialmente tóxicos, essas proteínas não foram caracterizadas para confirmação de sua veridicidade, são analisadas por métodos indiretos, esse fato leva a necessidade de técnicas mais precisas na identificação de metalotioneínas. Levando em consideração o exposto esse estudo teve como objetivo otimizar métodos de quantificação de mercúrio e técnica de eletroforese para identificação de possíveis metalotioneínas biomarcadoras de mercúrio em tecido muscular e hepático de peixes de interesse econômico, Tucunaré (Cichla spp.), Filhote (Brachyplatystoma filamentosum), Jaraqui (Semaprochilodus sp.) e Barba chata (Pinirampus pirinampu). Através da Espectrometria de Absorção Atômica em Forno de Grafite (GFAAS) foi demonstrado que as quantificações dos níveis de mercúrio foram eficientes, mostrando boa recuperação do metal nos pools de tecidos, pellets e spots proteicos do músculo e fígado das espécies coletadas no reservatório da Usina Hidrelétrica de Jirau (UHE Jirau) - Bacia do rio Madeira. A separação das proteínas por eletroforese bidimensional (2D-PAGE) mostrou grande eficiência, com spots proteicos bem definidos, boa repetibilidade e reprodutibilidade nas corridas. Posteriormente a técnica de espectrometria de massas com ionização por eletrospray (ESI MS/MS) foi utilizada para identificação das proteínas obtidas por 2D-PAGE. Foi encontrado mercúrio em 27 spots proteicos e destes caracterizadas 23 proteínas ligadas ao mercúrio. No entanto, não foi identificada presença de metalotioneínas nas espécies estudadas, sugerindo que as concentrações de mercúrio não foram suficientes para provocar a produção destas proteínas de defesa contra intoxicação do organismo por este metal. Já nas análises comparando a atividade de indicadoras de estresse oxidativo glutationa peroxidase (GSH-Px), catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e hidroperóxido de lipídios (HP) com a concentração de mercúrio encontrada em cada espécie de peixes, foi verificado aumento do estresse oxidativo em relação ao aumento da concentração de mercúrio nos tecidos. |