Estudo de proteínas associadas ao mercúrio em peixes da região amazônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Mendonça, Bruna Cavecci [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/150367
Resumo: O peixe é uma importante fonte de proteínas de alto valor biológico, vitaminas e minerais. Porém, este alimento é também uma das principais vias de exposição humana a contaminantes tóxicos como o metilmercúrio (MeHg). Assim a sua acumulação no peixe pode predispor sérios riscos para a saúde humana. As altas concentrações de mercúrio encontrados em solo, sedimentos, peixes e humanos na Amazônia brasileira têm sido estudados intensamente pela comunidade científica nas últimas décadas, procurando-se elucidar os mecanismos de toxicidade das espécies mercuriais. As espécies mercuriais ligam-se preferencialmente às proteínas. Podendo significar que a fração biodisponível das espécies mercuriais nas diferentes espécies de peixes pode ser dependente da forma como estas estão ligadas a essas proteínas. Portanto esta proposta de trabalho buscou otimizar procedimentos eletroforéticos por 2D-PAGE para fracionamento e identificação de proteínas responsáveis pelo transporte de mercúrio em amostras de tecido muscular e hepático de peixes coletados no reservatório da Usina Hidrelétrica de Jirau – no rio Madeira; utilizando o método de espectrometria de absorção atômica em forno de grafite (GFAAS), para determinação de mercúrio nos tecidos e spots proteicos obtidos; avaliou o estresse oxidativo dos peixes contaminados com mercúrio por meio das atividades das enzimas catalase (CAT), glutationa peroxidase (GSH-Px) e superóxido dismutase (SOD), bem como das concentrações de hidroperóxido de lipídio (HP); e caracterizou as proteínas transportadoras de mercúrio por Espectrometria de Massas (ESI-MS/MS) e posteriormente por Shotgun que envolve a união de duas técnicas a Espectrometria de Massas e a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (ESI-MS/MS + HPLC), finalizando o trabalho com ferramentas de bioinformática. Nesse trabalho três espécies de peixes, apreciadas na região e também comercializadas, foram estudadas Brachyplatystoma rousseauxii (Dourada), Mylossoma sp., Myleus sp. (Pacu) e Prochilodus nigricans (Curimatã), utilizou-se o tecido muscular e hepático de cada uma dessas espécies. Os resultados obtidos demonstram alta concentração de mercúrio no tecido hepático das três espécies de peixe estudadas numa média treze vezes mais concentrada do que no tecido muscular. Após a otimização de extrações, precipitações e corridas eletroforéticas, foram identificadas duas proteínas ligadas ao mercúrio a Triosephosphate isomerase A em seis spots proteicos sendo 5 deles no fígado de Dourada e 1 spot proteico no fígado de Pacu, e a Protein FAM45A no spot proteico de fígado de Cutimatã. Os dados gerados pelos programas de bioinformática confirmam a tendência dessas proteínas estarem ligadas ao mercúrio.