Civilização suficientemente boa? Do princípio do desamparo humano ao desamparo como princípio humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Hoshina, Hélio Yoshiyuki [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/97580
Resumo: A constituição da civilização e da cultura tem sido alvo de estudos e hipotetizações durante muitos anos. A discussão na Psicanálise foi pautada, principalmente, pelo conflito existente entre a liberdade pulsional humana e as restrições que a convivência em conjunto impõem. Este impasse, portanto, marca a principal discussão acerca da angústia social que se observa na civilização. Atualmente, dadas as novas características encontradas na sociedade contemporânea, a discussão alcança um novo patamar. Neste sentido, o desamparo é posto como novo pilar dentro do estudo da angústia social atual. Isto porque o projeto proposto pela modernidade, em que o homem é posto como medida de todas as relações do mundo, lançouo em um movimento de ruptura com todas as tradições e costumes que até então amparavam seus atos. Dessa forma, este trabalho procura compreender a noção de desamparo da Psicanálise, assim como sua influência na estruturação social e cultural da humanidade. Para tanto, após revisão bibliográfica, realiza-se uma análise, tendo como foco o desamparo, de diferentes obras psicanalíticas que retratam épocas diferentes do desenvolvimento civilizatório. Por fim, após estas análises, compreendemos que o desamparo não constitui algo negativo dentro do desenvolvimento da cultura. O desamparo constitui, desse modo, a possibilidade de reconhecimento da falta, da incompletude de sua existência e que, portanto, possibilita ao homem lançar-se em direção à representações que possam preencher o espaço deixado vazio pelo objeto perdido. Assim, o desamparo demonstra sua importância não somente no que tange ao desenvolvimento do instinto gregário, tão essencial para uma civilização, como para a constituição do circuito pulsional. Enfim, concluímos que o desamparo...