Conselho às minhas amigas: os manuais de ciências domésticas de Júlia Lopes de Almeida (1896 e 1906)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Costruba, Deivid Aparecido [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/93321
Resumo: A presente dissertação tem como tema principal a imagem da mulher na obra de Júlia Lopes de Almeida, apresentada em seus manuais de “ciências domésticas”: Livro das Noivas (1896) e Livro das Donas e Donzelas (1906). Entende-se que estes, como obras literárias, são fontes profícuas para a análise que nos propusemos a fazer, uma vez que, por meio desses livros, pôde-se avaliar qual era o tipo ideal de mulher para a escritora. Além disso, a iniciativa de Júlia Lopes de Almeida em escrever tais guias deveu-se à consagração deste gênero literário na França. Neste país, a partir do século XVII, sobretudo no século XIX, estes compêndios tiveram a missão de dedicar-se à “ciência da civilização”. Traduzido para o contexto brasileiro, percebe-se que entre os séculos XIX e XX houve a necessidade de que médicos, positivistas e intelectuais-educadores se incumbissem da tarefa de modernizar a população brasileira. Estes regeriam por meio da higiene novos preceitos morais transformando o comportamento das famílias. Júlia Lopes de Almeida foi um dos intelectuais que exerceram esta função ao escrever manuais destinados às mulheres da sociedade carioca que nele tinham a ambição de se instruírem. Deste modo, a pesquisa visou perceber a imagem da mulher nos manuais e entender de que forma eles contribuíram para a higienização no âmbito familiar