Avaliação clínica e por ressonância magnética do tratamento da osteonecrose da cabeça umeral com implante de células mononucleares da medula óssea em pacientes com doença falciforme

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Faleiro, Thiago Batista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/182002
Resumo: O termo Doença Falciforme (DF) é utilizado para definir hemoglobinopatias nas quais pelo menos uma hemoglobina (Hb) anormal é a hemoglobina S (HbS). Essa alteração provoca distorção dos eritrócitos, fazendo-os tomar a forma de “f c ” ou “ - ”. No Brasil, cerca de 700 a 1.000 pessoas portadoras de DF nascem anualmente e na Bahia uma em cada 650 crianças nascidas vivas apresentam a patologia. A DF cursa com complicações ósteo-articular em 80% dos casos e uma das mais frequentes e graves é a osteonecrose. Os métodos de tratamento atualmente disponíveis não são capazes de garantir bons resultados clínicos para este grupo de pacientes. Além disso, a evolução natural da doença em pacientes não tratados é de piora progressiva. Diante disso, traçou-se como objetivo avaliar o resultado clínico e radiológico do tratamento com implante autólogo de células mononucleares da medula óssea em pacientes com osteonecrose da cabeça umeral secundária a Doença Falciforme. Foi realizado um estudo prospectivo, experimental, com avaliação antes e após o implante das células mononucleares na cabeça umeral; participaram deste estudo 6 pacientes adultos, portadores sintomáticos de necrose avascular. Os resultados do estudo demonstraram que os resultados do implante autólogo de células mononucleares foram excelentes, promovendo melhora da mobilidade, dor e função articular. A amplitude de todos os movimentos avaliados apresentou melhora em relação ao pré operatório com ganho estatisticamente significante nos movimentos de flexão, extensão e rotação externa. Além disso, o Shoulder Pain and Disability Index (SPADI) apresentou melhora estatisticamente significativa nos dois domínios avaliados (dor e incapacidade) em todos os pacientes. Outro aspecto importante foi a melhora observada nos exames de ressonância realizados 01 ano após a cirurgia quando comparados com os realizados no pré operatório. Conclui-se pelo estudo que a terapia com células mononucleares autólogas é segura e eficaz para promover melhora clínica e nos exames de ressonância.