Eficácia do tratamento das osteonecroses da cabeça femoral na síndrome Pós-COVID através do transplante autólogo de células mononucleares da medula óssea
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://hdl.handle.net/11449/258069 https://orcid.org/0000-0002-9381-0605 https://orcid.org/0000-0001-7122-1132 |
Resumo: | A pandemia de COVID-19, causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, gerou impacto significativo mundial, originando-se em Wuhan, China, em dezembro de 2019, e rapidamente se espalhando globalmente. Medidas variaram de lockdowns a distanciamento social devido à alta transmissibilidade do vírus e sua capacidade de infectar assintomáticos. Vacinas altamente eficazes foram desenvolvidas em resposta à emergência médica, enquanto mais de 770 milhões de infecções e 6.95 milhões de óbitos foram registradas até julho de 2023. O surgimento de osteonecroses da cabeça femoral em pacientes pós-infecção, possivelmente relacionado ao uso de corticosteroides, estimulou a busca por compreensão fisiopatológica e tratamentos minimamente invasivos, como autotransplante de células-tronco mesenquimais. O estudo tem como objetivo principal avaliar a eficácia do transplante autólogo de células mononucleares no tratamento das osteonecroses da cabeça femoral após infecção por coronavírus. Participaram 15 pacientes com osteonecrose da cabeça femoral pós-COVID-19, entre 31 e 64 anos. A coleta de dados ocorreu de junho de 2021 a julho de 2023. O procedimento de coleta de células-tronco da medula óssea ocorreu sob sedação. O transplante autólogo das células foi guiado por radioscopia. O pós-operatório envolveu restrições e monitoramento clínico, além de correção da dosagem de corticosteroides. Este estudo abrangeu 15 pacientes com osteonecrose da cabeça femoral pós-COVID-19 (total de 18 quadris). Quatro pacientes não fizeram cirurgia, um usou anti-retrovirais para HIV e um não foi localizado. Dos 13 operados, 66.7% eram homens (média de idade de 46.3 anos; 73.3% pardos). A maioria não tinha comorbidades, com 6.6% tendo hipertensão e diabetes. Todos tiveram COVID-19 leve a moderado; 40% dos internados não precisaram de ventilação. 66.7% receberam corticosteroides (35mg de prednisolona/dia). A média entre infecção e sintomas no quadril foi 183.3 dias. A necrose ocorreu principalmente no quadril direito (86.7%), com área média necrosada de 40%. A pontuação do Harris Hip Score pré-operatório foi 65.4, subindo para 75.9 pós-operatório. Um quadril evoluiu para artroplastia total após 14 meses. A infecção por COVID-19 está relacionada ao aumento da incidência de osteonecrose da cabeça femoral. É essencial aprofundar a investigação biomolecular dos efeitos infecciosos nos vasos e tecidos periarticulares. O uso e duração de corticosteroides estão ligados ao surgimento das osteonecroses. Contrariamente, pacientes que tiveram COVID-19 sem corticosteroides podem também desenvolver osteonecrose devido a possíveis impactos no sistema circulatório. O tratamento com células progenitoras autólogas da medula ósseapara osteonecroses do quadril nesses pacientes mostrou promessa, requerendo maior número de participantes em protocolos similares para validação. |