Prevalência de mulheres com pré-diabetes no primeiro trimestre da gestação e seu impacto na incidência de diabetes mellitus gestacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cabral, Rayanne Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/217920
Resumo: Introdução: O pré-diabetes (PD) é uma condição de perda da tolerância à glicose e que em sua maioria antecede os quadros de diabetes mellitus (DM). No período gestacional, as pacientes com hemoglobina glicada (HbA1C) igual ou maior que 5,7% e menor que 6,5% não recebem a mesma atenção que as gestantes que foram diagnosticadas com diabetes mellitus gestacional (DMG). Método: Estudo de prevalência retrospectivo para determinar, no primeiro trimestre, o número de gestantes com rastreamento negativo para DMG e HbA1C igual ou maior que 5,7% e menor que 6,5%. Também foi estudada uma coorte retrospectiva para avaliação do risco das gestantes com rastreamento negativo para diabetes e HbA1C entre 5,7 e menor que 6,5%, verificados até a 14ª semana de gestação, desenvolver DMG quando comparadas àquelas com HbA1C normal. As prevalências e incidências dos diagnósticos identificados pela associação de GJ e HbA1c e pelo teste de tolerância oral à glicose 75g (TOTG-75g), respectivamente, foram apresentadas em forma de porcentagem e intervalo de confiança (IC) 95%, sendo calculado o risco relativo com IC 95%. Resultados: A prevalência de gestantes com rastreamento negativo para diabetes e HbA1C ≥ 5,7 e < 6,5% foi de 5,6% (IC95% 4,5–6,9). Também identificamos que 12,2% (IC95% 10,6–14,0) foram diagnosticadas com DMG e 1,7% (IC95% 1,1–2,4) apresentaram diagnóstico de diabetes pré-existente. A HbA1C ≥ 5,7% e <6,5 e idade acima de 30 anos são fatores de risco independente para desenvolvimento de DMG nas gestações com rastreamento negativo para diabetes, com razões de chance de 3,241 (IC95% 1,242 – 8,457) e 2,175 (IC95% 0,968 – 4,883), respectivamente. Conclusão: As gestantes que desenvolvem DMG podem ter alterações do metabolismo da glicose previamente à gestação, conforme indicado por sua HbA1c elevada no primeiro trimestre. A HbA1c do primeiro trimestre pode ajudar na identificação precoce de mulheres em risco para possível acompanhamento e tratamento durante a gestação e após o parto.