Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Campesato, João Marcos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181724
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Resumo: |
A tromboembolia pulmonar (TEP) é uma doença caracterizada pelo bloqueio da circulação pulmonar por êmbolos, que se desloca atravessando as câmaras direitas do coração e obstruindo a artéria pulmonar e/ou um de seus ramos. As alterações vasculares e seu impacto nos sintomas são bem estudadas, porém, a persistência de defeito perfusional residual (DPR), mesmo após a terapia estabelecida, pode gerar disfunções cardiovasculares e pulmonares. Em decorrência dessas complicações, os pacientes podem apresentar sintomas que alterem as atividades da vida diária. Por ser pouco explorada, hipotetizamos que, pacientes que apresentem algum grau de obstrução vascular pulmonar persistente decorrente de TEP manifestem clinicamente com piora da função pulmonar e da qualidade de vida. Objetivos: Avaliar a função pulmonar, a qualidade de vida, a capacidade de exercício e a classificação funcional dos pacientes que já finalizaram o tratamento com anticoagulante. Métodos: Foram avaliados 48 pacientes, com diagnostico confirmado de TEP e que já tinham terminado o tratamento com anticoagulante. Todos os pacientes foram submetidos a uma avaliação clínica, espirometria pré e pós broncodilatador, teste de caminhada de seis minutos (TC6M), questionário de qualidade de vida (SF-36) e classificação funcional (NYHA). Após a verificação dos resultados da cintilografia de perfusão pulmonar, os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a presença (n=27) ou ausência (n=21) de DPR. Resultados: Os pacientes avaliados tinham idade média de 45 ± 12,4 anos, sendo 34 (70%) do sexo feminino. Em comparação aos grupos com e sem DPR, as comorbidades hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus foram significativamente mais presentes no grupo com DPR. A espirometria não mostrou valores significantes entre os grupos. O grupo sem DPR caminhou distância significativamente maior em comparação ao grupo com DPR. Quatro dos oito domínios do Short-Form Health Survey (SF-36) mostraram um comprometimento significativamente maior nos pacientes com DPR. Em adição, o grupo com DPR foi mais presente na classe funcional III-IV. Conclusão: Os pacientes com DPR não apresentam piora da função pulmonar em relação aos sem DPR, porém, apresentam baixa capacidade de exercício, e são mais sintomáticos em comparação aos pacientes sem DPR. |