Preditores prognósticos na embolia pulmonar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Rocha, Mário de Seixas
Orientador(a): Souza, Carlos Marcílio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35486
Resumo: A embolia pulmonar é uma doença potencialmente fatal. No entanto, informações sobre os preditores de morte e recorrência de tromboembolismo sào escassas. Identificar preditores prognósticos a curto e longo prazos em pacientes com embolia pulmonar, baseado nas informações da história clínica, nos achados de exame físico, alterações eletrocardiográficas, radiológicas, laboratoriais e nas terapêuticas utilizadas. Desenho: estudo dê coorte. Entre 1997 e 2003, duzentos pacientes com embolia pulmonar foram prospectivamente acompanhados, com diagnóstico comprovado pela tomografia helicoidal, cintilografia ou arteriografia pulmonar. Excepcionalmente, foram incluídos pacientes com elevada suspeita clínica, mas com impossibilidade de realização de métodos de imagem devido a instabilidade hemodinâmica e ventilatória. Foram registradas as condições clínicas relacionadas à morte, bem como recorrrências de embolia pulmonar ao longo do seguimento médio de 21 meses (faixa de 12 a 73 meses). Quarenta e cinco pacientes (22,5%) morreram durante o período hospitalar. Os preditores independentes de mortalidade, neste período, foram: neoplasia (0R5,1; 1C95%1,7-15,1) insuficiência cardíaca (0R3,4; 1C95%=1,4-8,3), cianose (0R3,6; 1C95%l,243,4), impossibilidade de realização de métodos de imagem (OR9,5; 1C95%3,5-25,6), utilização de fibrinolíticos (OR8,8; 1C95%=1,5-53,4) e dor torácica (0R0,3; 1C95%0,l-O,7). Cento e oito pacientes com embolia pulmonar (56,8%) morreram durante o seguimento. As condições associadas foram: neoplasia (HR2,5; 1C95%1,5-4,O), insuficiência cardíaca (HR=l,8; 1C95%1,2- 2,7), cianose (HR2,2; 1C95%1,3-3,6) e impossibilidade de realizaçAo de métodos de imagem (HR=2,6; 1C95%=l,6-4,2). A presença de dor torácica esteve associada com melhor sobrevida (HRO,5; 1C95%=O,4-O,8). A embolia pulmonar recorrente não-fatal ocorreu em 13 pacientes (8,8%). As condições associadas foram: hipotensão (HR8,1; 1C95%1,7-38,7), cianose (F1R7,4; 1C95%=1,6-33,O), idade > 70 anos (HR3,8; 1C95%l,1-13,O) e intervalo sintoma-UCO menor ou igual a 24 horas (HRO,l; 1C95%0,O-O,5). Foi possível identificar vários preditores prognósticos, tais como cianose, insuficiência cardíaca, neoplasia e impossibilidade de realização de métodos de imagem, que estiveram associados a uma evolução desfavorável a curto e longo prazos. A presença de dor torácica esteve associada a uma maior sobrevivência.