Tendências de Internação e Mortalidade por Hemorragia Subaracnoide e Aneurisma Cerebral Não-Roto no Brasil, 2011-2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Poliseli, Gianfelipe Belini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/253271
Resumo: A hemorragia subaracnoide espontânea (HSA) corresponde a aproximadamente 8,9% dos acidentes vasculares cerebrais e tem altas taxas de morbidade e mortalidade. Sua causa mais frequente são os aneurismas cerebrais. A literatura internacional dispõe de trabalhos que definem incidência de HSA e prevalência de aneurismas cerebrais não-rotos (ANR) e esses dados são relevantes como indicadores de saúde da população, seja pela avaliação da eficácia do controle de fatores de risco preveníveis, seja pelo cálculo dos altos custos financeiro e social causados pela rotura de um aneurisma. Porém, o Brasil (e muitos países em desenvolvimento) não dispõe de dados epidemiológicos sobre estas doenças. O objetivo deste trabalho foi determinar os coeficientes de internação e mortalidade por HSA e ANR no Brasil bem como suas tendências no período entre 2011 e 2019. Foi realizado um estudo nacional de base populacional usando dados de internação hospitalar e mortalidade incluindo tendência temporal, por regressão linear e joinpoint regression; e análise geoespacial. O estudo incluiu todas as hospitalizações e óbitos ocorridos no país nos quais HSA e ANR foram descritos como causa básica para o período definido. Os dados foram obtidos respectivamente do Sistema Nacional de Informações sobre Hospitalização (SIHSUS) e do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), ambos do Ministério da Saúde (MS), e os dados populacionais foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os coeficientes de internação e mortalidade por HSA foram 4,33 e 2,23 por 100.000 habitantes ao ano, respectivamente, e os coeficientes de internação e mortalidade por ANR foram 1,09 e 0,21 por 100.000 habitantes ao ano, respectivamente. Houve tendência nacional de estabilidade nas internações por HSA e aumento da mortalidade em 0,062 casos por 100.000 habitantes por ano (p<0,001; IC95%: 0,0505 - 0,075). Houve tendência nacional de aumento de internações por ANR com acréscimo de 0,074 casos por 100.000 habitantes ao ano (p<0,001; IC95%: 0,05 - 0,098) e de redução da mortalidade em 0,07 casos a cada 100.000 habitantes ao ano (p=0,001; IC95%: -0,1- -0,04). Observaram-se diferentes tendências de acordo com as regiões do país analisadas. As taxas encontradas apontam estabilidade das hospitalizações e aumento da mortalidade por HSA. Houve tendência de aumento da taxa de internações para os casos de ANR com redução da mortalidade.