Representações sociais de crianças de nove e dez anos sobre a utilização do smartphone no contexto da pandemia da covid-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Cunha Neto, Joaquim Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234515
Resumo: A presente pesquisa, vinculada à linha de pesquisa “Processos Formativos, Ensino e Aprendizagem”, do Programa de Pós-Graduação em Educação da UNESP, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Faculdade de Ciências e Tecnologia, campus de Presidente Prudente - SP, assume por objeto de estudo o smartphone e suas representações sociais para as crianças de nove e dez anos do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais - Ciclo I. Dessa maneira, o estudo teve por objetivo geral analisar as representações sociais da criança de nove e dez anos (4º e 5º ano dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Ciclo I) sobre o smartphone no processo de ensino e aprendizagem. A fim de responder ao objetivo proposto, delineamos os seguintes objetivos específicos: 1. Conhecer e analisar as representações sociais da criança sobre o smartphone em contexto de lazer; 2. Identificar e analisar as representações sociais da criança sobre o smartphone em contextos educacionais; e 3. Analisar as representações sociais da criança sobre as possibilidades de aprendizado decorrentes da utilização do smartphone. A pesquisa é justificada pela relevância da temática em compreender a utilização do smartphone por esta infância, como uma necessidade científica e social, permitindo uma reflexão sobre quais representações sociais são estabelecidas sobre o aparato tecnológico e como se revelam na percepção da criança. Quanto aos procedimentos, desenvolveremos um estudo do tipo descritivo-analítico, que se dividiu em duas fases de coleta de dados: revisão de literatura e elaboração, desenvolvimento e organização para a coleta de dados, cujos achados foram trabalhados por meio da técnica de análise de conteúdo de Lawrence Bardin. Para o processo de coleta de dados optou-se pelos instrumentos de videochamada do Google Meet, a partir da qual foram gravadas e transcritas as falas dos participantes. Além disso, por meio da observação direta, foi construído um diário de campo descritivo. A coleta de dados foi realizada com crianças de uma escola da rede pública municipal de médio porte do interior do Estado de São Paulo. Os dados evidenciam que as crianças pesquisadas possuem na sua grande maioria o próprio celular, aprendendo a utilizar e manipular elas mesmas, habilidades dessa infância conectada. O uso intenso e contínuo desse aparelho por essas crianças, promove um olhar de naturalidade, pois vão assumindo a função de produtoras da informação, com predominância de uso da rede para jogos online, ações de interação social nas redes sociais e aplicativos de mensagens instantâneas. As crianças não utilizavam o smartphone nos espaços escolares e nem em possibilidades de aprendizagem formal antes da pandemia do COVID-19, apresentando posicionamentos divergentes em relação ao processo de aprendizagem, onde alguns afirmaram e outros negaram o aparelho móvel enquanto um facilitador cognitivo. As compreensões construídas neste estudo nos permitiram assumir que as crianças pesquisadas relacionam o smartphone a maneira como utilizam e compreendem nos seus usos diários, principalmente como forma de entretenimento e comunicação. Enfatizamos, a importância de considerar os olhares dessa infância na utilização e mediação dos dispositivos móveis referentes aos processos formativos e de aprendizagens na escola e fora dela.