Uso de smartphones para diagnóstico radiográfico : acurácia da análise da proximidade de terceiros molares inferiores com o canal mandibular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Jardim, Jerusa Jobim
Orientador(a): Vizzotto, Mariana Boessio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/277289
Resumo: A análise radiográfica pré-operatória da proximidade dos terceiros molares inferiores inclusos com o canal mandibular é essencial para redução do risco de lesão do nervo alveolar inferior. A popularização do compartilhamento de imagens radiográficas pelo smartphone através de aplicativos de mensagens, em especial o WhatsApp, entre profissionais da Odontologia, tem facilitado a discussão de casos e a busca por uma segunda opinião, na tentativa de estabelecer diagnósticos mais precisos da relação dessas estruturas. O objetivo do presente estudo foi avaliar a confiabilidade diagnóstica na avaliação da proximidade de terceiros molares inferiores inclusos com o canal mandibular em radiografias panorâmicas compartilhadas via WhatsApp e visualizadas em smartphones. Quatro examinadores avaliaram 121 panorâmicas quanto à presença de proximidade do terceiro molar com o canal mandibular utilizando uma escala dicotômica (sim/não), e quanto aos sinais radiográficos indicativos dessa proximidade. A análise foi feita em dois momentos distintos: através da tela do desktop e em seus smartphones pessoais, com as panorâmicas compartilhadas na opção “Documentos” do WhatsApp. O método de visualização foi avaliado por meio da acurácia, sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo. Diferenças entre frequências de acertos e erros em cada método foram analisadas pelo teste de McNemar, bem como as proporções de acertos e erros nos métodos diagnósticos para os sinais radiográficos de proximidade. Segundo a acurácia, os avaliadores acertaram ao classificar verdadeiros positivos e verdadeiros negativos em 86,5% e 85,1% das classificações no desktop e no smartphone, respectivamente. A visualização na tela do desktop se mostrou ligeiramente superior à da tela do smartphone em termos de acurácia (0,865 e 0,851), sensibilidade (0,975 e 0,942), VPP (0,798 e 0,796) e VPN (0,969 e 0,930), não havendo diferença entre os métodos quanto à especificidade (0,758 e 0,762). No geral, os valores dessas medidas foram elevados em ambos os métodos, o que sugere uma boa precisão das avaliações em comparação ao padrão-ouro. As proporções de respostas quanto à existência de proximidade condizem com o padrão padrão-ouro em cada método: para o padrão- ouro “não”, as proporções foram de 53,7% e 56,6% para o método desktop e para o método smartphone, respectivamente, e, para o padrão-ouro “sim”, as proporções foram de 87,5% e 85,8% nos métodos desktop e smartphone, respectivamente. A mudança nas proporções das respostas entre os métodos não foi estatisticamente significativa (p=0,1637). Os resultados mostram, ainda, não haver diferença significativa do ponto de vista estatístico entre as proporções de acertos e erros nos métodos diagnósticos para nenhum sinal radiográfico. Os achados deste estudo sugerem que a confiabilidade diagnóstica da proximidade de terceiros molares inferiores inclusos com o canal mandibular em radiografias panorâmicas compartilhadas via WhatsApp e visualizadas na tela de smartphones foi semelhante à da tela do desktop, com acurácia em torno de 85%. Portanto, esta parece ser uma estratégia confiável para discussão de casos e obtenção de uma segunda opinião, na busca de diagnósticos mais precisos.