Biomarcadores inflamatórios e do estresse oxidativo na piometra canina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cyrino, Marina Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193181
Resumo: A piometra é uma das doenças mais frequentes em cadelas adultas e se não diagnosticada e tratada adequadamente pode levar o animal a óbito. Nesse contexto, o uso de biomarcadores como ferramenta adicional no diagnóstico e prognóstico da piometra é relevante. O objetivo desse estudo é revisar os principais tópicos da piometra canina enfatizando o uso de marcadores biológicos (capítulo 1) e a comparação das proteínas de fase aguda (proteína C reativa e haptoglobina) e marcadores do estresse oxidativo (TEAC, FRAP, CUPRAC, Tiol e AOPP) em cadelas sadias e com piometra em três momentos: imediatamente antes (M1), 3 dias (M2) e 10 dias após (M3) a ovariohisterectomia (capítulo 2). Foram avaliadas 16 cadelas de peso e raças variadas, sendo 7 com piometra e 9 sem sinais de infecção. Foram colhidas amostras de sangue para as dosagens séricas das proteínas de fase aguda e marcadores do estresse oxidativo em ambos os grupos, nos três momentos mencionados. No primeiro momento ainda foi realizado hemograma dos dois grupos e o cultivo da secreção uterina e hemocultura no grupo piometra. Os resultados evidenciaram diferença significativa nas variáveis hematológicas entre os grupos. A Escherichia coli foi a bactéria mais frequentemente (57%) isolada da secreção uterina e a hemocultura foi negativa em todos os animais com piometra. Observou-se que no momento do diagnóstico, os valores de CRP, Hp, FRAP e Tiol diferiram entre os grupos controle e piometra. Três dias após a cirurgia, no M2, houve diferença entre os grupos nos valores de CUPRAC e Tiol e, 10 dias após, nos valores de CUPRAC, Tiol e Hp. Nos animais com piometra, houve diferença entre os momentos para os valores de FRAP e de xi CRP, com diminuição nas concentrações desses dois biomarcadores após a cirurgia. Tais resultados indicam a presença de inflamação sistêmica e de estresse oxidativo em cadelas com piometra, bem como sua conseguinte resolução no decorrer do período pós-operatório. Os biomarcadores FRAP, Tiol, CRP e Hp se mostraram os mais promissores para a rotina clínica, podendo ser úteis no diagnóstico, prognóstico e monitoração do tratamento.