Comparação de variáveis clínicas e laboratoriais de cadelas com piometra aberta e fechada e determinação de biomarcadores renais e do índice de resistividade renal em cadelas com piometra aberta.

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: ALVES, Aline de Sousa.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR; PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL; UFCG
• Palavras-chave em Português: Piometra - cadelas; Piometra fechada; Piometra aberta; Resistividade renal - cadelas; Cadelas - piometra; Biomarcadores renais; Índice de resistividade renal - cadelas; Ultrassonografia; Pyometra - bitches; Closed pyometra; Open pyometra; Renal resistivity - bitches; Bitches - pyometra; Kidney biomarkers; Renal resistivity index - bitches; Ultrasound; Medicina Veterinária
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25604

De forma geral, objetivou-se com esse estudo avaliar alterações clínicas, laboratoriais e o índice de resistividade renal em cadelas com piometra. No primeiro capítulo realizou-se um estudo retrospectivo comparativo de 30 cadelas com piometra, as quais foram distribuídas em dois grupos: GPA (Grupo Piometra Aberta) composto por 17 cadelas e GPF (Grupo Piometra Fechada) composto por 13, atendidas no Hospital Veterinário da UFCG, Patos - PB, com o objetivo de comparar os achados clínicos e laboratoriais entre as apresentações da enfermidade. Foram analisadas variáveis referentes à idade, raça, dados da anamnese, exame físico e exames laboratoriais . Constatou-se que a idade média das cadelas foi de 6,2 ± 3,0 anos para o GPA e 7,8 ± 4,4 anos para o GPF, sendo os animais sem raça definida os mais acometidos. Entre a comparação dos grupos, não houve diferença estatística significativa para as variáveis: anorexia, apatia, grau de desidratação, distensão abdominal, poliúria, polidipsia, vômito, sepse, ureia, creatinina, alanina aminotransferase (ALT) e fosfatase alcalina (FA), como também hematócrito, exceto para a variável plaquetas, onde foi observada diferença estatística significativa (p<0,05). Constatou-se dessa forma, que as cadelas com piometra aberta apresentaram-se clinicamente e laboratorialmente tão graves quanto as com piometra fechada, ressaltando a importância de um monitorização e tratamento intensivo também para esses pacientes, tanto no pré, como pós-operatório. No segundo capítulo foram analisados marcadores de lesão renal tais como: ureia, creatinina, dosagem de gama-glutamiltransferase (GGT) urinária, relação proteína/creatinina urinária e microalbuminúria, assim como o índice de resistividade renal em seis cadelas com piometra aberta, atendidas no Hospital Veterinário da UFCG, Patos – PB, objetivando-se determinar o desenvolvimento da lesão renal decorrente dessa enfermidade. Os níveis de ureia e creatinina apresentaram-se elevados em 16,6% (1/6) das cadelas, a relação proteína:creatinina urinária apresentou-se aumentada em 66,6% (4/6) das cadelas, o valor de gama-glutamiltransferase (GGT) urinária estava aumentado em 50% (3/6) das cadelas, 16,6% (1/6) das seis cadelas apresentou microalbuminúria e o índice de resistividade renal mostrou-se aumentado nos rins direito e esquerdo de 66,6% (4/6) das cadelas. Não houve diferença estatística entre os valores dos rins direito e esquerdo. Ressaltase que esses exames devem ser realizados em cadelas com piometra aberta, em busca de diagnosticar injúrias renais precocemente. De uma forma geral, conclui-se que a piometra aberta diagnosticada tardiamente, tem potencial de causar alterações tão graves quanto a fechada, devendo ser dada uma maior atenção a mesma. E que lesões renais agudas podem e devem ser identificadas precocemente em pacientes acometidos por essa enfermidade, melhorando o seu prognóstico e sobrevida.