Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Fábio Augusto Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/252391
|
Resumo: |
O período entre 2018 e 2020 é tenso na política brasileira devido aos momentos saturados e polêmicos socialmente, como as eleições presidenciais, as urgências ambientais e a pandemia de Covid-19. Trata-se de um cenário social fundamental no Brasil, por ser um epicentro da vida política, principalmente 2018, pois é ano eleitoral e de turbulência política. A imprensa, em um jogo de interesse, participou desse contexto de diferentes maneiras. Ao focalizar esse panorama histórico, o objetivo desta pesquisa é analisar, de modo comparativo, o posicionamento que a imprensa nacional (representada, de forma delimitada, pelo jornal Folha de S.P em seu formato digital) e a internacional (especificamente, o jornal Le Monde, também em seu formato digital) fizeram, por meio da publicação de seus editoriais, sobre os processos envolvendo o, à época, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O estudo, de caráter qualitativo-bibliográfico, mobiliza os conceitos de cronotopo, enunciado e ideologia, pensados pelo Círculo de Bakhtin, a fim de compreender, dialogicamente, os posicionamentos desses canais por meio de suas narrativas editoriais, em uma dinâmica exotópica. Os resultados revelam que os jornais se diferenciam pela formulação da crítica ao cenário e às figuras políticas brasileiras, especialmente Lula. O jornal brasileiro se concentra no valor democrático, aliado à regularidade e neutralidade da lei. Lula, assim, é condenado, inclusive pelo próprio jornal. Le Monde assume uma linha aberta à contradição e não insiste em condenar Lula, mas em criticar ferrenhamente e de modo constante o sistema brasileiro, lido como decadente e corrupto. Por fim, diante do quadro recente do Brasil, a justificativa e relevância da pesquisa é social, pois discute o jogo ideológico tenso entre política e jornalismo. Pensar a incidência desses editoriais, de maneira dialógica, contribui, de modo interdisciplinar, com os estudos da comunicação, da política e do discurso. |