Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Nhoato, Helker |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154581
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Resumo: |
O objetivo do trabalho é analisar funcionalmente os modificadores adjetivais do SN com base na motivação semântica do referente nuclear: se entidades de primeira ordem ou Indivíduos ou se entidades de segunda ordem ou Estados de Coisas (LYONS, 1977; HENGEVELD, 2008), priorizando as propriedades pragmáticas e semânticas dos adjetivos na variedade do português brasileiro falado no noroeste do Estado de São Paulo. A análise, de natureza funcionalista, vincula-se ao arcabouço teórico proposto pela Teoria da Gramática Funcional (DIK, 1997a) e pela Gramática Discursivo-Funcional (HENGEVELD; MACKENZIE, 2008) que proveem uma classificação semântica dos constituintes do sintagma nominal com base nas suas propriedades de referência a entidades do mundo e na atribuição de propriedade de modificação a essas entidades. Para análise da relação que os modificadores estabelecem com o núcleo dos sintagmas nominais, este trabalho volta-se para a classificação proposta por Negrão et al. (2014), que separam os adjetivos em argumentais e predicadores de núcleo, ou seja, itens lexicais que assumem uma posição aberta pelo substantivo deverbal e os que abrem posições temáticas que são, por seu lado, saturadas por um substantivo-núcleo. Para análise dos aspectos semânticos dos modificadores utilizam-se as classificações propostas por Castilho (2010), Castilho e Moraes de Castilho (1993), Cinque (2010) e Neves (2010). A amostra examinada é extraída do córpus IBORUNA coletado pelo Projeto ALIP, que foi concebido no interior do Grupo de Pesquisa em Gramática Funcional (GPGF) da UNESP de São José do Rio Preto. Os dados mostram, em primeiro lugar, que, de certo modo, independentemente do tipo de entidade envolvido no núcleo, de primeira e de segunda ordem, a posição pós-nuclear é a preferência grandemente majoritária dos adjetivos na codificação morfossintática. Além disso, a distribuição em anteposição e posposição tem uma regularidade motivada por traços semânticos específicos do modificador. A posição pré-nuclear, mesmo com baixa frequência, está vinculada a traços pragmáticos e semânticos específicos. Esses resultados demonstraram a atuação de motivações semânticas e, em menor parte, pragmáticas, condicionando o preenchimento de posições específicas dos modificadores no interior do sintagma nominal. |