Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Severino, Cintia do Nascimento [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193030
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Resumo: |
A língua portuguesa ocupa lugar de destaque no atual contexto de globalização, internacionalização e transnacionalização das línguas e países. A grande procura pelo seu aprendizado coloca em evidência, por sua vez, a emergência de uma especialidade no país, bem como a necessidade de formação de profissionais capacitados para atuar na área de Português Língua Estrangeira (doravante PLE). A partir da problemática apresentada, objetivamos dar visibilidade às ações desenvolvidas em PLE no contexto de uma universidade pública multicampi, bem como, destacar a importância do registro documental das práticas realizadas. Mais especificamente, buscamos estudar o processo de implantação, desenvolvimento e consolidação da área em três campi em que há o curso de Letras; analisar os documentos que registram tais ações; e perscrutar como a língua portuguesa está sendo ressignificada – como resgate de indícios de “memória discursiva” (PÊCHEUX, 1999) que têm anunciado gestos e/ou sentidos de efeitos possíveis de políticas linguísticas. Para cumprir esses objetivos, instauramo-nos no entre-lugar de diálogo entre a Linguística Aplicada, os Estudos Discursivos (pecheutianos) e questões relativas à Política Linguística. Ao utilizar o paradigma qualitativo de base interpretativista, adotamos a análise de documentos como principal instrumento de investigação. Por meio da análise do corpus e das discussões realizadas, foi possível perceber que a língua portuguesa deixa de ser concebida apenas como materna e passa a ser percebida de muitas outras maneiras, tendo em vista o contexto específico de cada um dos três campi analisados e o modo como se deu a implantação, o desenvolvimento e a consolidação dessas ações nesses contextos. O ensino, a aprendizagem e a formação em PLE torna-se uma iniciativa de internacionalização da universidade frente à necessidade de atender a demanda de alunos estrangeiros advindos de convênios e/ou parcerias institucionais e entre países. Tal processo impulsiona a ampliação das ações na área (em diálogo com o ensino, a pesquisa e a extensão), bem como a criação de uma Política de Idiomas institucional, sinalizando, pois, gestos de consolidação e de política linguística no modo de ressignificar a língua portuguesa como “língua de internacionalização”, materializada na textualidade dos documentos analisados como memória discursiva. |