Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Baiocato, Isabela [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151153
|
Resumo: |
O objetivo deste trabalho é investigar a alternância entre os modos Subjuntivo e Indicativo no português brasileiro por meio de cartas pessoais datadas de meados do século XX. Pretende-se confrontar as prescrições gramaticais com os usos observados nas cartas. A teoria que serve de base para este estudo é a Teoria da Variação e Mudança Linguística, modelo teórico que se filia à Sociolinguística. Defende-se a ideia de que a troca entre os modos Subjuntivo/Indicativo não modifica o valor semântico da oração, constituindo de fato um fenômeno variável. A metodologia empregada inclui duas etapas: (i) o levantamento prévio de informações em gramáticas, manuais e outros materiais de cunho normativo similares, representativos do período de tempo compreendido pela análise, e o levantamento de resultados obtidos em estudos variacionistas sobre o fenômeno; (ii) a análise empírica do fenômeno a partir dados oriundos de cartas pessoais datadas do século XX. A variável dependente é o modo verbal empregado em contexto de orações completivas. Inclui duas variantes: formas do Subjuntivo e formas do Indicativo. Com base no resultado obtido foi possível identificar três padrões de uso do Subjuntivo: „uso categórico‟, „uso semi-categórico‟ e „uso variável‟. Os resultados mostraram que o tempo presente é o mais frequente entre os regentes verbais, bem como entre as variantes (na oração encaixada). Alguns morfemas modo-temporais do padrão semi-variável presentes nas variantes aparentaram ser abertos à variação, sendo o caso do pretérito perfeito e do futuro. Os contextos marcados para uso de Subjuntivo trouxeram resultados significativos: os casos de Indicativo ocorreram, principalmente, em situações em que o esperado era o uso do Subjuntivo. Dessa forma, nota-se que, mesmo sendo sutil, a entrada de Indicativo em contextos de Subjuntivo é ativa. Por outro lado, alguns fatores estruturais tendem a manter o Subjuntivo. A ocorrência de Subjuntivo em orações completivas é mais frequente quando, na oração encaixada, temos o morfema de imperfeito anexado ao verbo. Outro fator que se mostrou conservador ao uso de Subjuntivo foi a presença de uma sentença negativa na oração principal, em consonância com a tradição gramatical. |