Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Thaís Alves da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193099
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Resumo: |
A gestão dos resíduos sólidos é um grande desafio para o poder público, empresas e sociedade, pois o aumento da população e do consumo, como consequência, gera aumento dos resíduos. A transformação de resíduos em matérias-primas é uma forma de mitigar o acúmulo de resíduos e de poupar recursos ambientais. Um tipo de matéria-prima que ganhou grande atenção nos últimos tempos foi a erva-mate. Sendo uma espécie nativa da América do Sul, seu consumo em nosso país se concentra nas regiões Sul e Sudeste. Suas folhas são empregadas no preparo de bebidas quentes ou frias como chá mate, mate solúvel, tererê e chimarrão, além da confecção de fármacos. Outra parte dessa planta que vem sendo aproveitada na produção industrial é o chamado “palito”, que é um resíduo gerado na pós-colheita durante a etapa de secagem e moagem. Indústrias do segmento utilizam como matéria-prima padrão para comercialização e industrialização uma composição aproximada de 30% ramos e 70% folhas. Alguns estudos têm mostrado que componentes desta planta, como flavonoides, metilxantinas (cafeína e teobromina) e minerais são úteis para nossa saúde. Fundamentado nesta ideia, o presente trabalho tem por objetivo avaliar o teor de cafeína e de teobromina presente em composições distintas de folha e ramos a fim de determinar a viabilidade técnica e financeira de utilizar este resíduo na fabricação de extrato seco de erva-mate. Inicialmente a matéria-prima (folhas e ramos) foi fornecida por três empresas localizadas em diferentes regiões do Sul do Brasil (Catanduvas – SC; Campina Bonita – PR e Canoinhas – SC), sendo seu preparo e processo realizados em Botucatu-SP. Em seguida, as amostras foram analisadas por cromatografia líquida de alta eficiência (High performance liquid chromatography - HPLC) com o intuito de quantificar o teor de cafeína e teobromina presente em cada amostra, composta de diferentes porcentagens de folhas e ramos respectivamente (100%-0%; 80%-20%; 60%-40%; 40%-60%; 20%-80%; 0%-100%). Na etapa adjacente, realizou-se um levantamento de custo para identificar a viabilidade financeira na utilização do ramo como matéria-prima na etapa de extração do processo industrial de fabricação da erva-mate extrato seco. A partir das análises obtidas, observou-se que quanto maior o teor de cafeína e teobromina nas amostras, melhor o rendimento no processo industrial, sendo o grupo da matéria-prima constituída de 100% folhas o melhor para este quesito, já que esses componentes se encontram em maior quantidade nas folhas. Em relação aos fornecedores, para o teor de cafeína, o fornecedor C se destacou na qualidade da matéria-prima fornecida, porem para o teor de teobromina, os três fornecedores (A, B, C) não apresentaram diferenças entre si. E para terminar, ao relacionar o custo com o volume de matéria-prima utilizada no processo industrial é possível concluir que para a empresa é viável economicamente investir em uma matéria-prima composta por 100% folhas e garantir um menor tempo de processo e menor volume de água, tornando o processo produtivo sustentável. |