Desenvolvimento de protocolos de propagação in vitro de erva-mate (Ilex paraguariensis Saint Hil.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Morandi, Marilia Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-19112021-114147/
Resumo: A erva-mate (Ilex paraguariensis) é uma espécie de grande importância econômica e cultural para os estados do sul do Brasil, cujas folhas são utilizadas como matéria-prima para o preparo de bebidas estimulantes. Apesar da sua relevância econômica, há pouco progresso relativo ao melhoramento genético da erva-mate, e a produção de mudas ainda é feita via seminal, o que contribui para o estabelecimento de plantios com materiais de baixa produção e baixa qualidade no sabor. Além disso, as sementes desta espécie possuem dormência, tornando o processo de produção de mudas demorado. O objetivo desse trabalho foi estabelecer protocolos de germinação in vitro de sementes, bem como de cultivo de segmentos nodais, além de indução de calogênese, visando a embriogênese somática como forma de propagação de genótipos conhecidos. Para germinação das sementes, a dormência e contaminação das culturas consistem em importantes entraves. Portanto, foram testados protocolos de assepsia contendo hipoclorito de sódio (NaOCl), hipoclorito de cálcio (Ca(ClO)2), suplementação do meio de cultura com o fungicida Midas BR® e o biocida PPM®, e também, autoclavagem das sementes; suplementação do meio de cultura com água de coco, giberelina (GA3), e a irradiação das sementes com raios gama, visando contribuir com a germinação. Nenhum tratamento testado favoreceu a germinação das sementes in vitro. Para o cultivo dos segmentos nodais, a contaminação de explantes também representa um obstáculo para o início das culturas. Foram realizados experimentos, utilizando NaOCl, Kasumin e adição de PPM® ao meio de cultura; para controlar a oxidação fenólica dos explantes foram avaliados os efeitos do ácido ascórbico, carvão ativado ou PVP; e avaliar o efeito da suplementação do meio de cultura com benziladenina (BA) e ácido naftaleno acético (ANA) para favorecer a brotação, alongamento e enraizamento de brotos. Houve sucesso no estabelecimento de cultivos, mas nenhum experimento culminou com explantes formando raízes, o que impossibilitou a manutenção in vitro a longo prazo. Com relação aos experimentos de calogênese foliar, foram realizados testes para determinar um protocolo de introdução, avaliando o efeito das concentrações de NaOCl; posição do explante no meio de cultura; modo de recorte e tamanho dos explantes. Foram avaliadas as respostas dos explantes aos meios de cultivo empregados para a embriogênese somática de peças florais de cacaueiro, além da influência dos hormônios vegetais 2,4-D, tiadiazuron, BA, ANA, GA3, cinetina e zeatina, na sobrevivência e na indução de calos. O uso de NaOCl foi eficiente no controle da contaminação. Nenhum meio de cultura ou hormônio testado induziu a embriogênese somática, e nem mesmo a formação de brotações adventícias; além disso, os calos entraram em fase de declínio após 12 meses de manutenção in vitro. Contudo, houve a formação de diversas condições favoráveis, como calos contendo raízes, e calos com aspectos visuais promissores, como aparência friável e coloração esverdeada. Conclui-se que a há a possibilidade de morfogênese a partir de explantes foliares