Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cevallos Gonzalez, Fabricio Marcelo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23134/tde-15082018-100245/
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Resumo: |
A proposta deste trabalho experimental in vitro foi avaliar se a incorporação de 1% - em peso - do alcalóide teobromina (Sigma Aldrich, Darmstadt, Alemanha) ao cimento de ionômero de vidro (CIV) convencional (GC Gold Fuji 9, GC Corp, Japão) tem a capacidade de alterar as propriedades físico-químicas desse material. Para tanto, dois grupos experimentais foram propostos: G1 - CIV convencional e G2 - CIV com adição de teobromina. Foram confeccionados 160 discos de CIV de acordo com as instruções do fabricante, utilizando matrizes circulares. Para analisar as mencionadas propriedades, os discos foram submetidos a testes específicos, de acordo com as normas da International Standard Organization (ISO) para cada uma das propriedades. Discos de 15mmx1mm de diâmetro foram utilizados para as provas de sorção (n=5) e de solubilidade (n=5), com o auxílio de balança analítica, dissecadores e estufa a 23 e 37ºC por várias semanas. O ensaio de microdureza foi realizado em amostras (n=20) de 15mm×1mm submetidas a cinco edentações, com carga de 25 gramas e 30 segundos, à temperatura ambiente. Para a avaliação da cor, discos (n=20) de 15mm×1mm foram submetidos ao espectrofotômetro, adotando-se a guia colorimétrica da Comissão internacional de Iluminação (CIE). No ensaio de resistência flexural, os espécimes (n=60) de 12mm×1mm foram armazenados em estufa a 37ºC durante 24 horas para posterior analise na máquina de ensaios universal. Para avaliar a influência da teobromina adicionada ao CIV na formação de biofilme por Streptococcus mutans,, sobre os corpos da prova (n=40) de 12mm×1mm biofilmes foram desenvolvidos. As cepas de S.mutans foram cultivadas em Tryptic Soy Agar (TSA, Difco) a 37°C. Também a dosagem de flúor foi avaliada, em discos de prova (n=10) armazenados em saliva artificial e submersos em solução TISAB para posterior análise com eletrodo de flúor e obtenção da curva da liberação dessa substância. Os dados obtidos nos testes de sorção e solubilidade, microdureza, cor e resistência flexural foram submetidos à análise de variância ANOVA um fator e ao teste de Tukey para comparação entre os grupos, adotando-se 5% de nível de significância (p<0,05). O ensaio da influência da teobromina adicionada ao CIV na quantidade de biofilme de Streptococcus mutans formado e o teste de dosagem de flúor foram submetidos à análise de variância two-way ANOVA e ao teste de Tukey, com nível de significância de 5% para comparação entre os grupos experimentais. O segundo fator avaliado nestes dois ensaios foi o tempo. Os resultados não revelaram alteração da sorção e da solubilidade no CIV que recebeu teobromina (p>0,05). A microdureza aumentou com a adição de teobromina ao CIV (p<0,05). Não houve alteração de cor do CIV que recebeu teobromina (p>0,05). A resistência na flexão biaxial diminuiu quando da adição de teobromina ao CIV (p<0,05). Já a quantidade de biofilme formado foi menor em G2 (p<0,05). Em relação à liberação de flúor, observou-se que a adição de teobromina não altera essa propriedade do CIV (p>0,05). Com base em tais achados, conclui-se que a adição de teobromina a 1% ao cimento do ionômero de vidro convencional não produz alterações significativas nas propriedades desse material, podendo até mesmo otimizar algumas dessas propriedades. Ainda assim, estudos adicionais sobre o assunto devem ser realizados. |